sábado, março 24, 2001

sexta-feira, março 23, 2001

bom, não sei se vcs notaram, mas o ícone deste Blog passou a ser uma latinha de
lixo. Acho que tem mais a ver do que aquele ponto de exclamação vermelho.
Então da próxima vez que virem uma latinha de lixo nos favoritos, clica lá que vem pra cá.
Putz! Tive que voltar aqui pra postar isso:
Amd lança Atlon de 1.33 GHz DDR 266 Mhz FSB. Testes preliminares indicam
desempenho 40% superior ao Pentium 4 de 1.5 GHz!!!
Os sites especializados estão eufóricos. Todo mundo apostava que a Intel tinha
seguido um mal caminho apostando nas memórias Rambus. Taí o resultado!
...
HANNOVER, GERMANY--MARCH 22, 2001--At CeBIT, AMD today announced
its continued industry leadership position by introducing the 1.33GHz and
1.3GHz AMD Athlon™ processors. The 1.33GHz AMD Athlon processor-based
platforms with Double Data Rate (DDR) memory outperform the Intel Pentium® 4
processor-based platforms by up to 40 percent on a variety of benchmarks,
including video encoding, audio, video and image editing, and 3D modeling and
animation.
...
Madrugada solitária na net. Nenhuma alma no Icq, e em 3 horas só chegou um
único email: um spam safado oferecendo UNIVERSITY DIPLOMAS.
Acho que vou pedir um desses. Quem sabe se com um diploma falsificado
de que estudei a minha vida toda no states eu não saio dessa lama?
Um vazio intenso me consome. Não sei se é o fato de só ver a namorada no
fim-de-semana, ou se é falta de um bate-papo. Fui na padaria hoje de tarde e
na volta encotrei um amigo das antigas sentado no banco da pracinha, com
mulher, duas filhas... Figuraça! Gente boa até não poder mais. E quando
penso no momento que o conheci. Tô ficando velho. Trocamos algumas idéias,
meio que como se continuando um velho papo. Tive tão pouco tempo pra viver
tudo o que já vivi. Tanta coisa boa que só pude desfrutar por curto espaço de tempo.
É fato: meu passado me faz bem. Gosto de ter sido quem fui.
Mas agora eu vou pra cama. O pessoal que madruga no icq já começou a chegar.
Já tive esse hábito, levantar cedo pra navegar edepois ir trabalhar.
Bons tempos, bon tempos...

quinta-feira, março 22, 2001

Hoje, depois de procurar por + ou - 2 minutos um arquivo no meu Desktop,
percebi que precisa por uma ordem na bagunça. É um fato irremediável: meu
desktop vai virando depositário de downloads, arquivos diversos, arquivos de
trabalho, e acaba tudo uma zona. Resolvi acabar com isso, e de quebra
mostra como ele é.
Texto retirado do 700km - Fanzine por email.
Além de ter alguma coisa em comum com a idéia do Raio Verde, me fez lembrar
algumas das minhas noites verdadeiras. Mas o mais insólito de tudo isso é estar
lendo Gurdjieff e ele discusar contra a eletricidade em 1922. Incomodava à ele as
luzes de Paris, que não lhe permitiam observar o céu em sua plenitude.
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Villiers de l'Isle Adam foi um visionário escritor francês de meados do
século XIX. Filho de uma família nobre e decadente, deixou obra curta mas
perturbadora. Em um dos seus contos, "L'Affichage Céleste", nos relata o
projeto de M. Grave, engenheiro americano, homem surpreso com a inutilidade
das azuladas abóbadas celestes, que para nada servem a não ser para
desenfrear a imaginação doentia dos últimos sonhadores. O céu precisava ser
elevado à altura da época. Por que não retirar algum lucro desse imenso
espaço estéril e vazio? Após muitas viagens e pesquisas, M. Grave
aperfeiçoou lentes e refletores gigantescos, com os quais pretendia
garantir às grandes indústrias e mesmo aos pequenos negociantes, o recurso
de uma Publicidade Absoluta.

Após o entardecer, uma animação inusitada, "que só os interesses
financeiros são capazes de proporcionar", tomaria conta dos espaços
celestes. Potentes projetores lançariam, a partir de colinas, anúncios de
echarpes rumo ao fundo do céu noturno, em algum espaço entre Sirius e
Aldebarã. Entre as patas da Grande Ursa leríamos propaganda de espartilhos.
A polícia projetaria nos céus fotos cem mil vezes ampliadas de criminosos,
os políticos teriam seus sorrisos expostos sob a estrela Beta da Lira.
Quase quatro décadas mais tarde, em 'A Sinfonia Pastoral', André Gide evoca
o mistério das noites. Nesta sofrida novela, um velho pastor anglicano,
apaixonado por uma menina cega, pergunta-se: "Est-ce pour nous, Seigneur,
qui vous avez fait la nuit si profunde et si belle?".

Estas preocupações com o céu e com a noite soam estranhas a nós, homens
deste início de milênio. Gide e L'Isle Adam viviam em épocas onde o céu
noturno ainda era visível. Urbanos e computadorizados, nossa idéia da
verdadeira noite estará guardada nalgum escaninho de nossa infância. Se
tivemos a graça, é claro, de termos sido crianças longe de eletricidade.

Já entrei em minha segunda metade de século e a lembrança de uma noite
absoluta, daquelas em que quase se pode ver à luz das estrelas, está
enterrada há quase quatro décadas, nas coxilhas de Ponche Verde e
Upamaruty. Bicho do campo, já me orientei pelas Três Marias e pelo Cruzeiro
do Sul. Optei pela vida urbana e hoje luar e céu estrelado me parecem
pertencer ao reino dos contos de fadas. Em outros nortes, vi outras noites,
mais brancas que as de minha infância. Nos verões suecos, um sol paranóico
faz que vai descer no horizonte mas não desce. Mas não é a noite de que
falava Gide, bela e profunda. É mais uma noite invadida pelo dia,
perturbada por um sol que teima em girar paralelo ao horizonte.

Noite mesmo, nas últimas décadas, devo ter visto em duas ocasiões. Uma, em
pleno Saara, charlando com tuaregues em torno a uma fogueira e envolvido
por um silêncio que chegava a ferir os ouvidos. Noite legítima, sem
falsificação alguma. Mas lá não encontrei o Cruzeiro. Seria pedir demais a
Alá. Mais recentemente, voltando tarde de São Carlos para São Paulo, no
meio da estrada recebi a noite em plena cara. Para minha surpresa, a noite
ainda existia. Mas era uma noite em pedaços, esmaecida a cada vez que me
aproximava dos aglomerados urbanos. Minhas noites, decidamente, ficaram
perdidas nos pagos do Sul, em algum trecho da pampa, entre Livramento e Dom
Pedrito. Não me queixo de ter escolhido a cidade. O dilema não é novo. Já
na antiga Grécia, Sócrates dizia gostar da vida de campo. Mas logo
rejeitava a hipótese: os amigos estavam em Atenas.

A boa e velha noite, que embalou durante milênios o sono da vida no
planetinha, está virando luxo de privilegiados. Se quisermos nos deixar
envolver pela sua magia ancestral, precisamos viajar, e cada vez mais
longe. Não seria de duvidar que, algum dia, agências de turismo ofereçam
excursões rumo à noite profunda. Mas por mais que a lepra urbana avance, em
algum lugar da Terra certamente estará preservada, como um museu natural,
hirta e congelada, a noite total. Protegida pelas neves, permanecerá para
sempre a salvo da eletricidade.

(Cristaldo)
Não sabe Priscila?
Vou explicar num post bem longo.
O Raio Verde popularizado pelo romance de Júlio Verne com o mesmo nome,
não é fácil de observar.
É um raro fenômeno meteorológico que se dá ao nascer ou ao pôr-do-sol, em
condições especiais de tempo. É mais frequente no mar e só pode ser observado
se o horizonte estiver absolutamente visível, isto é sem qualquer neblina. Com
determinados valores de temperatura e humidade relativa há boas probabilidades
de se dar.
Quando o sol, lua, ou mesmo um planeta está próximo do horizonte, na altura
desaparecer (ou aparecer), os raios luminosos apresentam-se de tal maneira que
no ocaso os raios vermelhos, alaranjados e amarelos desaparecem antes do verde,
azul e violeta. É num momento fugaz, numa pequena fracção de tempo, quando o limbo
superior toca no horizonte, que se dá o raio verde. Por causa da menor sensibilidade
dos olhos às cores azul e violeta e também da sua menor intensidade a impressão
dominante é a cor verde.
Admite-se que este fenómeno se deva à refracção astronómica e à disperção prismática
do espectro luminoso. A maior parte das observações parece confirmar a teoria que atribui
a este fenómeno a uma forte refracção, uma vez que a sua ocorrência se verifica quando o
poder de refrangência da atmosfera é anormalmente elevado à superfície do Globo.

O navegador solitário brasileiro Amir Klink, relata no seu livro "PARATII entre dois Pólos"
este fenômeno. Um acontecimento único e muito particular para qualquer navegador:

...
Desde criança eu sempre carreguei um desejo meio difícil de realizar, sobretudo no
Brasil que tem a costa voltada para o nascente. Sempre que era possível, eu perseguia
o pôr-do-sol no mar. Atento, até a bola de luz amarelo avermelhada ir se fundindo no
horizonte, à procura de fenômeno muito raro, que quase todos os povos navegadores
do passado já mencionaram: o "green flash" ou "rayon vert". Um raio, ou explosão de
luz que acontece em condições muito especiais, no exato instante em que a última
lasca do sol desaparece no horizonte.
Com um rápido curativo na ponta do dedo, calcei com cuidado um tênis e corri para
o enorme arco que havia atrás do Paratii, onde ficava a antena do radar e um pequeno
posto que usava para observar o mar ou fazer astronomia encaixado no alto. Cumpria
o mesmo ritual de sempre, meio sem esperança de um dia ver qualquer coisa - "dezenove
horas, cinqüenta e cinco minutos e trinta segundos... quarenta segundos... cinqüenta... lá
se vai o sol... ade...". E escapou um grito de súbito: "Eu vi! Eu vi! Eu vi! Miserável, eu vi!"
Tanto tempo e, enfim, eu vi o raio verde. Uma fração de segundo que valeu toda a viagem.
...

terça-feira, março 20, 2001

Ficou para amanhã o relatório do Encontro Carioca de Blogueiros. Porque junto com
o mesmo, eu tenho que adicionar mais uma porrada de links no meu Condomínio.
estou pensando inclusive em chamar minha lista de leitura diária de Telhado: os
blog's que fazem minha cabeça.
Hoje é um dia especial. Mais três blog's entram no meu Condomínio:

Charles? Que Charles? => Cheguei lá por causa de um post e acabei lendo todo o
resto. O cara fala de tudo sem pudores, e ontem de manhã na Blogueiros rebater à
altura todos os argumentos de Nemo Nox contra o mp3.

feira moderna.net / blog => Carinha simpático. Foi a primeira impressão. O cara
comenta sobre tudo com propiedade total sobre o que fala. Bateu uma inveja quando
abri as fotos da Pentax. O cara conseguiu fotografar o famoso raio verde. Um dia
vai ser a minha vez.

Zamorim => Acho que não preciso falar muito. Descobri a seção de textos dele
e li um bocado. O texto e o post dele sobre os anti-netscape é do caralho!!!

segunda-feira, março 19, 2001

Charles Pilger:
Não se preocupe, aqui vc terá sempre um aliado disposto a defender não o Netscape,
mas sim a correta visualização de qualquer página, em qualquer plataforma.
Grande abraço...
Hoje foi dia de discussões acirradas na lista. Boa forma de se começar uma segunda-feira.
Acho que tava todo mundo de mau-humor, que me contagiou também. O tráfego de
mensagens diminuiu por hora. O que mais me irritou é a falta de discernimento do pessoal
que anda postando no Blogueiros. O pessoal ignora solenemente as regras a faz uma
banguça... Além disso na lista tem daquelas pessoas que por preguiça não sabem como
fazer uma página ser visualizada corretamente no Netscape e no IE. Tem uma amiga minha
de Brasília, fera em tudo o que se refere à html, que diz que esse povinho que não sabe
fazer com que um site trabalhe com as duas plataformas sem problemas, são aqueles que
pegaram um Frontpage ou Dreamwave da vida, aprenderam como fazer uma página nas
coxas e saem por aí dizendo que são webdesigners. Aí ficam por aí dizendo que Netscape
é uma merda, que isso que aquilo. Tá faltando humildade nas pessoas. Humildade pra dizer:
"não sei". Porque não dizer "Olha, não fazer isso funcionar no netscape, alquém me ajuda?"
Mas não! Eu sou foda, então se alquém vem e me diz: olha, sua página não funciona no
Netscape, eu vou lá e coloco um onload="checkBrowser" redirecionando que tem netscape
pra uma página que diz pra ele fechar essa merda. Muito bom! A pessoa que fez essa
página é tão boa no que faz, que essa página onde os usuários de Netscape vão parar só
pode ser visualizada no IE!!! Os usuários do Netscape fica com uma mística página em
branco a sua frente. sinceramente, vai estudar um pouquinho, vai minha filha.
Dia de atualizar o log. Perdi muito tempo hoje com a lista, e mais trabalho e ainda
Jogo #13. Tenho diversos assuntos a tratar, começando pelo encontro. Mas também
tem muita bronca pra destilar. Então vamos por partes.