domingo, dezembro 30, 2001

E para uma pessoa muito especial:

O que eu fiz, ou estou fazendo de errado?
O que acontece que eu não sei?
Eu realmente já tentei achar uma resposta, mas não fui capaz de chegar a
cogitar alguma outra que não seja a fatídica e inevitável.
Eu espero sinceramente qua não seja isto, mas se for, eu preciso saber.
Em algum lugar eu preciso ter uma certeza, porque as dúvidas estão no
limiar da minha capacidade humana de suportar.
Acho que preciso de uma palavra sua...
Eu deveria estar escrevendo alguma coisa aqui, meio que fazendo um balanço
desse ano, agradecendo um mundo de gente que fizeram muito mais por mim
do que eu por eles, e lamentando aquelas coisas que nós sempre preferimos
esquecer que aconteceram. Mas estou em um estado dispersivo, confuso demais
para uma análise sintética do que foi para mim o ano de 2001.
Talvez nem tão confuso assim eu esteja, já que me lembrei fácil de três fatos que
foram realmente muito ruins, que foram porradas feias que eu tomei e principalmente
porque foi difícil me erguer depois do tombo.
E no fundo, eu acho que andei para trás, tirando o lado profissional que vai bem,
obrigado. Retrocesso é chato de se encarar, você não anda pra frente, e ainda
tira do que avançou.
Ah, parei por aqui, daqui a pouco vou estar dizendo que o ano foi uma merda...

quarta-feira, dezembro 26, 2001

Ontem eu fui assistir "Monstros S.A.". Depois de passar o dia 25 inteiro sem ver um amigo sequer, e só ter falado com minha família ao telefone, resolvi deixar a solidão meio de lado e pagar o mico de ver filme sozinho.
Depois de abrir o bico vendo "For the Birds", um presentinho genial da Pixar, tive que engolir a sonseira do filme em si.
É engraçado que o filme tem tudo pra ser bom, mas sei lá, não desceu.
Sabe quando você já sai do cinema pensando em outras coisas, e não no filme que acabou de ver? Pois é, passou em branco.

sexta-feira, dezembro 21, 2001

Well, well, quem não gosta de números?
Então vamos lá...
Em seu primeiro dia de circuito, O Senhor dos Anéis arrecadou um total de
US$ 18.2 milhões, a maior arrecadação já obtida em um único dia de Dezembro.
E a sua quarta-feira de estréia é a 3 maior de todos os tempos, perdendo apenas
de 'A Ameaça Fantasma' e 'Jurassic Park III'.
Numa comparação direta com Harry Potter, que arrecadou US$ 23 milhões em
sua estréia nos circuitos, parece que SdA vai tomar um banho, mas a crítica
especializada vem apostando que o melhor dia de arrecadação será hoje, sexta-feira,
mesmo dia da semana da estréia de HP. Ainda a favor de SdA contam a nomeação para o
Globo de Ouro e as críticas maciçamente favoráveis a SdA.
Duas coisas que eu detesto:
amigo-oculto com listinha de presente e pessoas que faltam ao amigo-oculto.
Acho que nem preciso me estender em detalhes, as duas coisas falam por si só.
Ontem foi dia de muitas lembranças...
Eu estava andando pela rua, no trajeto que vai do metrô até minha casa,
quando um pensamento corriqueiro me fez recordar algo de muito tempo
atrás. Aí fiquei pensando que apesar de ter sido uma passagem importante
na minha vida, eu devia ter me recordado desse fato pouquíssimas vezes.
Comecei a pensar então em quais outros momentos poderiam estar na mesma
situação que aquele, e não é que eles foram surgindo, um atrás do outro, como
se fossem todos elos de uma corrente abstrata.
Eu não sou de remoer o passado, mas confesso que ontem eu estava extremamente
feliz relembrando de tudo aquilo, minha história pessoal, ver o quanto ela é bonita,
o quanto foi vivida intesamente, saber que acertei mais do que errei e sentir que fui
fiel e honesto comigo mesmo, como pessoa, como um ser vivente, não um sobrevivente.

Vale a pena viver, vale muito a pena viver...
E eu sou feliz por poder viver.
É impressionante notar que ainda somos humanos.
Apesar de toda a tecnologia, de tanta coisa artificial, transgênica,
e sintética. Das falsas aparências, dos engodos e disfarces.
E no fundo, no fundo somos apenas humanos.
E isso me dá esperança.
E o que é mais humanos do que a esperança?
Hoje começa o Verão...
Sol vagabundo

quinta-feira, dezembro 20, 2001

Confesso que não estou com vontade de me levantar e ir embora do trabalho.
Chove, está um transito caótico lá fora, e há pouca coisa para se fazer ao
chegar em casa. Tem o amigo oculto de supermercado hoje, mas também
não estou afim de chegar cedo.
Aqui em minha companhia só o meu celular fazendo ruídos a cada vez que
entra ou sai de área, e o barulhos dos coolers nos servidores.
Preciso arrumar uma placa de som para colocar no meu desktop, uma que
seja pci, uma pena, porque eu tenho uma isa tão boa dando sopa lá em casa.
O pior é que o tempo não passa, nem adianta olhar de um lado para outro
procurando algo com que se entreter, simplesmente não há.
Sauron
Once, in dark and desperate times, the Dark Lord Sauron ruled Middle-earth from
the land of Mordor with an evil and terrible hand.
He wreaked havoc through the power of the One Ring, which he created with all
the malevolence of his being.
The peoples of the land--Men, Elves and Dwarves--fought mightily against Sauron
and his army of Orcs, finally defeating them and taking the Ring.
But instead of destroying it and ridding the land of Sauron forever, the people kept it.
In time, the Ring corrupted the Men who carried it and was eventually lost.
Now, thousands of years later, Sauron has risen again on Mount Doom to reclaim
the Ring and once again rule Middle-earth with his many minions.
Sauron knows the Hobbit Frodo Baggins has the Ring, but he underestimates
the little fellow's determination to destroy the Ring.
O Senhor dos Anéis é indicado para o Globo de Ouro. Notícia aqui!
Faltam 12 dias to go:

O Senhor dos Anéis
Uau! Muito bom, a Face é 100% compatível com o Opera 6.0.
Eu adoro esse browser, uso ele desde que a instalação dele cabia dentro de um disquete comum.
Mais rápido e inteligente que os outros navegadores ele já é, agora só falta ele visualizar melhor essas
páginas que são feitas 100% pro Internet Explorer.

quarta-feira, dezembro 19, 2001

Estou num estado meio imersão/reflexão, sem considerar muito as idéias do que tenho pra fazer
para não bater uma aflição de fazer coisas que eu supostamente deveria estar realizando.
Na verdade estou sem saco, sem humor, sem rancor e com um quê de cansaço...
Ainda não se isto tem origem na noite de ontem, no que eu ouvi ontem, e principalmente no que
eu vi ontem. Tudo anda meio macerado, tem momentos de absoluta clareza, perdido em outros
de sombra e turvidez.
Como eu posso ter sentimentos e pensamentos tão claros quando a realidade é tão obscura,
tão mesquinha, tão margarefe de si mesma?
É estranho me encontrar praguejando da instabilidade de minha vida, quando eu sei que sou
o agente causador da mesma. A dualidade preexiste e é contrangedora quando me percebo
no pensamento dúbio, constrastando a realidade com a impossibilidade da criação.
Queria descobrir a origem dessa inquietação, meu racional perscrutando meu emocional, meu
sensorial em busca de indícios nada claros.
Mas não há nada que eu possa tirar desse mundo amorfo, algo para dar um nome, para apontar
um dedo acusador, nada além de sentimentos intangíveis e sem faces...

segunda-feira, dezembro 17, 2001

E se vcs ainda não repararam, atualizei meus links.
Os péla foram limados, os sangue bom entraram e estamos conversados.
E aguardem novo laiuate para breve...
Eu vi o primeiro jogo da final do Brasileirão, e tenho algumas observações a fazer:

+O São Caetano tem um conjunto de equipe melhor que a do Atlético Paranaense.

+Enquanto o São Caetano jogou fazendo o que ele faz de melhor, ou seja: atacando, ele foi muito superior ao Atlético.

+Quando o São Caetano achou que o empate era um bom resultado e abriu mão da vitória, o Atlético se agigantou no jogo.

+Geninho mexeu bem no time, quando tirou Ilan e colocou Souza e adiantou o Adriano, que quando passou a atuar mais perto da área, apesar de já vir atuando muito bem antes disso na partida, armando com eficiência as jogadas de ataque no meio de campo, se tornou um armador mortal.

+Jair Picerni foi infeliz na substituição de Anaílson pelo veterano Müller, já que o jogo era de extrema velocidade, e enquanto Souza caiu como uma luva no Atlético, dando muito mais qualidade ao meio de campo, que até então corria mas não pensava, o São Caetano perdeu sua referência no ataque, e Müller além de não combater, deixou um buraco em suas costas, por onde deitou e rolou o Adriano.

+O terceiro gol do Atlético teve a marca de dois craques: Alex Mineiro que tocou para Souza, que devolveu de calcanhar, matando a zaga do São Caetano, e o aremate do mesmo Alex, passando por dois zaqueiros, esperando o goleiro sair para então colocar a bola, indefensável.

+Não seria injusto dizer que a qualidade individual dos jogadores do Atlético, decidiu a partida, mesmo diante da qualidade tecnica superior da equipe do São Caetano.

+Diante do que vi no jogo, soa como insana qualque afirmação de que há algum favoritismo para o Atlético. Qualquer resultado pode e deve ser esperando, até mesmo uma improvável goleada de qualquer uma das equipes.

É isso aí, agora vamos ver no que vai dar...
No moral, eu andei do início da Rio Branco até o final, parando em todas as bancas do caminho,
menos uma, cujo motivo eu explico depois, e em nenhuma delas tinha o cd do Supla. Inclusive em
uma das bancas tinha um cartaz com os dizeres: NÃO temos o cd do Supla, favor não insista!
Perguntei lá pro maluco o motivo do cartaz, e ele me disse que como tinha comprado 200 cd's,
quando esgotou o cd's nas outras bancas, tudo mundo correu pra lá, e naquele negócio de um
fala pro outro, aparecia muita gente querendo comprar o cd e ele já não aguentava mais repetir
"Não tem mais, acabou..."
Mas o cara me salvou, me disse pra ir comprar numa loja de cd's ali perto, que apesar de ser 2 reais
mais caro, e não vir com o poster, era o único lugar onde ainda existia o cd.
Porra, ficar pagando ágio num cd do Supla era tudo o que eu não esperava.

Bom, então plagiando o Will: "Comprei o CD do Supla."

Além disso a banca na qual eu não parei, é uma que só vende revista gay.
Hoje quando eu passei pela frente dela, vi que tinha uma revista de mulher no meio de um
monte de revista de homens, mas quando olhei direito foi que eu vi o título: Travestis
Do jeito que você sempre quis...

Tsc, tsc, tsc...
A sorte é realmente madrasta, né?
Se eu tivesse começado a ler minha lista de links de baixo para cima, teria topado com o
comentário do Mario AV antes de ler o seu blog.
Catz, pasthu e lambranceiras me mordam!
Valeu mesmo Analog, por ter me contado toda a história de Monsters, Inc.
Você pode até vir a se tornar um bom crítico de cinema, mas começou mal.
A grande proeza dos críticos de cinema é justamente criticar um filme que as pessoas ainda não viram,
sem contar o enredo, falando de significados abstratos, que só depois que se assiste ao filme se tornam reais.
Mais sorte da próxima vez...

sexta-feira, dezembro 14, 2001

Lamentamos informar que este é o último número!

Caros leitores conanmaniácos,

Lamentamos informar que este é o último número da revista A Espada Selvagem de Conan.
Esse é um comunicado que nós nunca gostaríamos de ter que escrever, principalmente porque não é sempre que uma revista em quadrinhos consegue ultrapassar a marca dos duzentos exemplares como a ESC.

Sendo assim, por que estamos cancelando? A explicação é a seguinte: desde 1982, quando as aventuras de Conan estrearam na antiga revista Heróis da TV, a Editora Abril publicou até hoje praticamente tudo o que existe disponível sobre ele. Entre as inúmeras revistas que foram lançadas com o personagem nesses dezenove anos, vale lembrar aqui as quadrinizações dos filmes de cinema, Conam Rei, Conan - O Bárbaro e Conan em Cores, além de inúmeras mini-séries, almanaques, republicações e especiais. Nenhuma outra editora brasileira fez algo assim. Além disso, não estão mais sendo produzidas novas histórias de Conan em seu país de origem, os Estados Unidos.

Por essa razão, é com pesar que nos despedimos agora neste 205° número, o que torna a ESC uma das maiores revistas em quadrinhos já feitas no Brasil. Uma revista que certamente ficará para sempre na lembrança de todos nós, fãs e admiradores do Cimério.


Pô, mataram mais uma parte da minha infância.

:-/
Ah! Raiva maldita...
Tem gente que vai ver o filme do Senhor dos Aneis antes mesmo dele estrear nos EUA,
e eu vou ter que ficar mendigando migalhas até o dia 1.
Maldição cobras e largatos...
Porque não fazem uma pré-estreia dessas aqui no Rio também???

quinta-feira, dezembro 13, 2001

Fim de ano é sempre momento para reflexões, por algum mecanismo do subconsciente.
E particularmente estou tendo um monte de bagaço para refletir, coisas aconteceram ao
longo desse ano, muitas mudanças, muitas decepções, inúmeras alegrias e verdades
novas surgiram. Esses três últimos meses foram de porradas fortes, contrastantes.
Talvez, em parte, isso se deva a uma calmaria que eu vivi no meio do ano, sem muitas
supresas, tudo correndo dentro do cotidiano, sem agruras no caminho. Se eu ao
menos soubesse o que me esperava...

Eu ainda estou meio perdido, tentando vislumbrar as coisas com clareza, agora que a
tempestade mais forte já passou, embora esteja tudo ainda muito obscuro, não consigo
enxergar com a profundidade que eu gostaria.

Nessas horas me dá uma vontade imensa de voltar no tempo, ser criança novamente,
deitar na grama e sentir o calor morno do sol num fim-de-tarde de primavera...
Eu tenho saudades, muita mesmo, desses tempos idos, quando viver era mais
importante que apenas sobreviver.

quarta-feira, dezembro 12, 2001

Outra coisa:
Por que eu sempre torço a cara ao ler a Veja???
Onde estão as tão desejadas isenção e imparcialidade que marcam as boas
reportagens???
Talvez na lixeira da redação da Abril...
É meu amigo, já vai longe o dia em que eu podia ficar sem fazer nada um ou dois
dias... Agora eu conto as horas e minutos que eu tenho livre.
Talvez seja melhor assim, o tempo dirá...

quinta-feira, dezembro 06, 2001

quarta-feira, dezembro 05, 2001

Cortei meu cabelo...
Ainda não sei muito bem se está fazendo falta ou não,
já que não parei muito pra pensar nisso.
Mas eu sei que se não tivesse cortando ontem, ia
demorar muito tempo para que eu tivesse vontade de cortar novamente.
Eu quase desisti, foi por um segundo só.
Agora está feito...

segunda-feira, dezembro 03, 2001

Finalmente chega a hora maldita de SSB.
Estou lá!
Hoje eu estou com aquele impressão chata de que a vida anda tirando
um sarro da minha cara. Porque não fica tudo preto-no-branco?
Se é para ser, que seja, se não é, não vai ser e pronto.
Ora bolas, porque eu tenho que ficar me desvencilhando de
meias-verdades e mentiras inteiras?
A pior dúvida é aquela que vc acha que tem certeza de que está errado
a respeito daquilo.
Eu odeio ter que ficar pensando demais para no fim não servir pra nada
toda a elucubração, sendo que era mais fácil ter pego o caminho do meio
e chegado a algum lugar.
A próxima eu salto primeiro...
Ou quem sabe por último...
O que eu não posso é deixar me pegarem de surpresa,
quando nem era tanta surpresa assim.
Quarta-feira chega meu casal de topolinos.
Já comprei a gaiolinha inicial deles, mas pretendo em breve achar onde se
vende aqui no Rio as de acrílico, que são mais confortáveis para eles.
Falta também comprar a garrafa para a água, as que tinha lá no pet shop
eram muito grande para as boquinhas deles.
Onde será que existe um grande pet shop aqui no Rio?
Futebol ainda...

Ontem fui jogar uma pelada em Vila Isabel. Campinho de várzea?
Que nada, era um puta de um campo com grama sintética.
É um tanto quanto estranho jogar naquele carpete cheio de areia.
A bola corre mais, e qualquer ida ao chão é certeza de escoriações.
Pois bem, depois de séculos de poeira e teias de aranha, dizer que
joguei bem seria uma bisonha piada, mas em alguns lampejos de
sobriedade, consegui mostrar um pouco de categoria.
Dei alguns bons passes, errei outros tantos, e consegui não chutar
nenhuma canela, para não sair de campo com a alcunha de "sarrafeiro".
E para coroar, fiz um lindo gol, diblando três antes de deslocar o goleiro
e empurrar para as redes.
Para um perna-de-pau até que não foi mal, de vez em quando é bom ser
reconhecido em uma área na qual a sua habilidade é zero.
Copa do Mundo

Vou remar contra a maré e dizer que o Brasil não é favorito em seu grupo.
A China vai jogar em casa, apoiada por uma fanática torcida, e dirigida por
um técnico competente, Bora Milutinovic, que tem um histórico de criar problemas
para a Seleção Brasileira. Quanto à Costa Rica, só tenho uma pergunta:
alquém aí se lembra quel foi a seleção que eliminou o Brasil da última Copa América?
Turquia? Bom, O time turco vem em franca evolução nos últimos anos, se classificando
para as duas últimas Eurocopas. Os clubes também estão bem, especialmente o
Galatasaray, que conquistou a Copa da UEFA na temporada 99/2000.
Destaque para o meia Emre Belozoglu e para o atacante Hasan Sukur.
A Turquia ficou em segundo na sua respectiva chave das eliminatórias européias,
atrás da Suécia, e despachou com extrema facilidade a Áustria na
repescagem: 1x0 em Vienna e 5x0 em Istambul.

É óbvio que a Argentina se deu mal numa comparação direta com esse
grupo do Brasil. Pegar Inglaterra, Suécia e Nigéria é meio caminho andado
para dar adeus mais cedo. Não é a toa que esse grupo já está sendo chamado
carinhosamente de "Grupo da Morte".

Agora sinceramente, mamão-com-açúcar? Em outros tempos talvez, com o
timeco que temos são grandes as chances de um fracasso humilhante.
Quem sabe contra uma improvável Costa Rica?
Quem viver verá...
Vai um panaca com cara de otário aí?

sexta-feira, novembro 30, 2001

Saco, o dia já se aproxima do fim, e eu sem nada para fazer de noite.
Pra piorar, hoje recebi meu dindin, estou com o bolso cheio, e vazio
de idéias para gastar o dito.
Alquém me socorre?
Amor é foda...
Nasce e morre com uma facilidade impressionante, cruel até, eu diria.
É difícil amar? Ah é, muito, muito difícil. Esquecer as dificuldades de amar
também é fácil quando se está completamente imerso no início, na novidade,
nas surpresas.
Mas eu insisto...

quarta-feira, novembro 28, 2001

terça-feira, novembro 27, 2001

O calor tá infernal. Hoje eu já pisei em asfalto derretido, surreal pra
essa época do ano. O pior é que quando bate uma brisa, em vez
de um vento refrescante, vem um bafão quente e sufocante.
Eu que reclamava do ar condicionado aqui do escritório, já não
vejo a hora de voltar do almoço pra ficar aqui nesse friozinho.
Mas mais desanimador do que sair do meu quarto com o ar no
máximo, e sair na rua pra trabalhar não existe. Aquele calor já
me dá um nocaute logo de cara.
Fora que estou andando permanentemente com uma garrafinha de
água do meu lado. Daqui da janela eu olho um relógio lá na rua, e
o puto tem a cara-de-pau de marcar míseros 36 graus.
Nem ouso imaginar como será o resto do verão...
Garçom! Salta uma banheira cheia de gelo até a boca.
É tudo o que eu quero agora...
Porque eu estou me sentindo bobo?
Há quanto tempo eu não me sinto assim, com esse sorriso
mole na cara, com ar distante, e demorando a entender o que
as pessoas estão falando comigo?
É muito bom me sentir assim novamente, já tinha me esquecido
como era.
Vou parar por aqui, porque já vi que estou com uma tendência
absurda de me esparramar nas palavras...

quinta-feira, novembro 22, 2001

Hoje realmente está um lindo dia aqui no Rio.
Acordei muito cedo para ir até o Alto da Boa Vista. A passeio???
Não, trabalho mesmo. Como cheguei meia hora adiantado,
aproveitei pra fazer uma fotossíntese, e até fiquei com uma
vontade enorme de ir a praia. O dia pedia, implorava, e eu
trabalhando. Como eu ainda fui a São Conrado, na volta eu
fiquei secando o povão na praia...
Inveja mata.

quarta-feira, novembro 21, 2001

O Casa dos Aristas de domingo me deu a certeza de que o SBT vai ser
sempre o SBT. Alquém reparou, como eu reparei, que a produção do
progama trocou na mão grande o título da Veja que trazia o progama
na capa? Na capa original, que pode ser conferida aqui, está escrito:
Gente na Gaiola, e na capa que o Silvio Santos mostrou aos
participantes da Casa, estava escrito Gente Elegante, e diga-se
de passagem uma péssima montagem, já que as fonte usada era diferente.
A troco de quê o Silvio Santos mandou trocar o título da reportagem? Só
posso imaginar que era para não ferir os sentimentos dos participantes do progama,
já que mesmo as pessoas que não compram a Veja, com certeza poderiam
conferir o título correto em qualquer outdoor que a Veja espalha semanalmente
pelo país afora.
Agora, que é uma atitude deplorável por parte do SBT, isso é. Até que ponto
eles podem manipular uma reportagem para que se enquadre dentro do que
eles consideram passável para a imagem do SBT? Omitir como a Globo sempre
fez é uma coisa, agora quando se adultera a capa de uma revista em cadeia nacional,
tirando completamente o sentindo original da frase, ou alquém acha que "Gente Elegante"
é uma maneira mais light de se dizer "Gente na Gaiola"???
É um ponto negativo enorme para uma empresa que diz não confiar nos números
do Ibobe, e que quer lançar uma forma independente de aferição da audiência.

Foi brilhante a carta-resposta que o SBT dirigiu à Rede Globo, por ocasião
da estréia de Casa dos Artistas, na qual a Globo acusava o SBT de plágio.
Botou o dedo na ferida da Globo, e mostrou todos as jogadas monopolistas
que a Rede Globo pratica. Conquistou minha admiração o SBT com essa carta,
mas agora essa confiança ficou maculada, por um gesto aparentemente bobo,
mas que pra mim tem um enorme significado.

Espero sinceramente que o SBT não continue com essas práticas,
que chegam a beirar o ridículo de tão mal-feito, mas que com certeza
colocam nós, espectadores, com a pulga atrás da orelha.

segunda-feira, novembro 19, 2001

Eu só quis te amar
por tempos infinitos sem saber
da brevidade do meu tempo
não tenho mais o que fazer
com esses largos espaços de tempo
onde vivo sem você
por cada lugar onde passo
eu te vejo tão bela
recordações apenas
de um passado tão próximo quanto distante
um lugar onde eu não posso tocar
nem modificar, por mais que eu queira.
Há tantas coisas que eu gostaria de ter dito a você
mas elas perdidas estão, junto com muitas outras
Como eu queria seguir em frente
seguindo o sol poente
que morre atrás dos morros mais distantes
Das poucas coisas que pedi
foi para que a vida não me enganar
quando você chegar
para nunca te perder

Qual é o meu pecado em amar?
Onde errei tanto para merecer isso?
Por que me usar, por que me deixar usar?
Eu não quero mudar, não quero deixar de amar
com intensidade, com profundidade
Mas vocês não me compreendem
não precisam me roubar, eu não vou negar.
Mas porque não tenho de volta nem um pouco
daquilo que lhes dei?
Porque tenho que fingir pra mim mesmo, me enganar,
achar que seu falso sorriso é verdadeiro?
Cansado está meu coração
Com tantos falsos brilhantes
com tanta falsidade maquiada de amor e paixão
E agora o que eu faço
com esse enorme amor vazio?
que eu não tenho onde esconder
de vergonha da minha ingenuidade.

Nunca imaginei
que haveria abismo mais profundo
do que aquele no qual em me encontrava
Meus piores pesadelos tornados realidade
como num escárnio às minhas lamentações.
O que me falta? Pode mandar que eu traço...
Quero saber se ainda há dor pra se tirar
de onde o nada existe.
Cada parte do meu ser foi pulverizada em dor lacinante,
quanta ingenuidade em não saber
que haveria dor ainda pior
massacrante, atordoante, acapachante...
Conseguiu destruir até a parte de mim
que me era mais cara, mais sagrada.

O que restou de mim,
além de uma casca vazia de vida,
de amor, de paixão, de esperança?
Não há mais nada nessas escuras esquinas
que agora eu cruzo sem direção.
Onde está o presente, já que meu futuro
era um engodo e meu passado é um prato de areia?
Mendigo tu és, cego pela própria areia que mendigou.
Tens aí tua areia, mendigo, mas ela nada representa
para o mundo, além de areia.
Minhas convicções que um dia julguei tão firmes
ruíram uma-a-uma como colunas feitas de areia.
Areias que se tornaram deserto em meu interior...
Agreste, seco, inóspito a qualquer tipo de vida.

Por enquanto procuro
quando me achar
quero descobrir
onde fica o porto
desse imenso mar seco.

sexta-feira, novembro 16, 2001

Não posso me furtar ao pensamento de que um dia tudo passa.
Quando meu lado aflitivo fala e me joga as mais loucas idéias na cachola,
surge sempre um sujeitinho com um sorriso irônico na cara e me dizendo:
"Isso passa, isso passa. Tudo há sempre de passar!"

Esse sentimento foi verbalizado à minha pessoal por um velho amigo,
quando nos encontrávamos numa situação desesperadora e sem
solução visível à curto prazo. Estávamos no meio do nada, sem água
ou riacho por perto, distante 30 km do local habitado mais próximo,
com o nosso carro atolado em um banco de areia de uma estrada deserta.
O ápice do meu desespero foi olhar aquela estrada de areia à nossa frente
e constatar que fazia dias que não passava um carro por ali.
Aquele Opala Diplomata não se moveria dali por si só, nem por milagre.

No entanto ali estava o Plínio, impassível diante da situação, avaliando
as possibilidades. Quando demonstrei todo o meu desespero para ele,
sua fisionomia permaneceu inalterada, até surgir uma risada.

"Alexandre, se lamentar agora não vai nos ajudar em nada. Houve um
momento no qual podiámos fazer alguma coisa, já perdemos ele. Não sei
como vamos resolver isso, mas eu sei que daqui há alguns dias nós vamos
é estar rindo desse sufoco agora. Se tem uma coisa para se aprender acerca
dos mistérios da vida, essa é importante: com excessão da morte, todo o resto
é passível de resolução, seja por uma ação direta, seja pela ação do tempo.
Meu amigo, tudo passa, tudo sempre passa..."


Sábias palavras meu amigo, nunca deixaram de ser verdadeiras...
É, pelo visto já temos o nosso visitante 5000.
Quem será?
Ju, foi você?

terça-feira, novembro 13, 2001

Alquém aí me indica um bom contador, e discreto?
Esse azul aí já me encheu, e além disso estou impedido
de acessar as estatísticas se eu não asinar um tal de plano premium e tal.
E assim se foi mais um dia chato e incolor...
Pior, o que fazer neste feriado que se aproxima?
Acho que vou pro Sana. Alguma coisa neste sentido.
Ilha Grande seria maneiro, mas as despesas são maiores,
e além disso não seria legal ir sozinho.
Enfim, estaca zero!
Coisa boa no Ar!

segunda-feira, novembro 12, 2001

Alquém com uma boa intenção me ligou hoje às 7:30 pra dizer
que este blog havia saído no caderno de informática do O Globo.
Eu lhe retruquei um "valeu" na cara e voltei a dormir.
Não sei nem quem foi a infeliz vítima da minha grosseiria, mas
fica aqui o meu pedido de desculpas.

Olhei lá o caderno, onde consta um screenshot do blog, e a
seguinte legenda: : exemplo do impacto de uma bela imagem

Tá beleza, é só isso mesmo, nem um ponto a mais.
Algumas conclusões:

<1> Uma imagem vale mais do 10 mil palavras.
Não tem nem o que comentar, né? Meu blog está lá não pelo que eu
escrevo, mas pelo meu dizáin. Chato né?

<2> É uma injustiça sem tamanho aparecer ao lado de blogs consagrados
como Bricabraque e Tiago Teixeira. O meu blog é um lixo-cocô se comparado
ao deles. Eles não merecem estar misturados com a escória.

<3> Vou ser execrado sem dó e piedade pelo pessoal no Segunda sem Blog.
(É hoje, não se esqueçam!) Pra quem sonhava em aparecer no jornal O Povo,
aparecer no Globo é o cúmulo. Mas não se preocupem, irei processa-los por uso
indevido e sem prévia consulta.

quinta-feira, novembro 08, 2001

Quarta cinza essa que passou.
Primeiro Kublai Khan e os Mongóis não emplacaram
nenhuma na gincana.
Depois o Brasil jogou aquela partida patética em
La Paz. O pior de tudo é ter aguentar o Gavião Bueno
com aquele já característico pedantismo dele.
Pelo menos rever o povo foi legal. Coloquei algumas
idéias em dia com Will sobre o TMPM, e ainda foi bem
interessante assistir a Casa dos Artistas.
Dormi na casa do Will, e pra variar, já bem tarde, quase
umas 4 da manhã tendo que levantar às 8.
Arre! Cada dia eu durmo menos...
Hoje eu vou baixar os emails acumulados, pra liberar o
servidor. Uma hora esses emails vão passar da cota, e
vão voltar, pra desespero das lista que eu assino.
Por enquanto não aconteceu, mas eu nem sei qual a
capacidade do servidor. Onde será que eu encontro
isso? Google talvez? Porque no site deles é que não tem.

quarta-feira, novembro 07, 2001

Bah, essa página cheira a mofo.
Aquele desktop lá embaixo já era faz muito tempo.
Agora ficou muito mais bonito com o Windows Xp.
Depois eu coloco o dito.
E assim que a prequiça de mexer no template passar
eu mudo a página toda.
Estou com umas idéias mirabolantes...
Finalmente acabou a correria em que eu estava pra desenvolver o logo para
uma revista sobre hardware. Como sempre, o cara me pediu o serviço na sexta
pra apresentar os estudos na quarta...
Dormi em média umas 6 horas por noite, mas nem por isso deixei ir no encontro
"bloguento" que vem acontecendo todas as segundas no Beija-flor de Vila Isabel.
Foi muito irado a situação, me achatei de rir.
Bom, hoje eu posso ir sem culpa à gincana cultural lá no Escada Shoping.
Vamos ver se Klubai Khân e os Mongois arrebenta dessa vez.

segunda-feira, novembro 05, 2001

Ontem eu me senti um idiota de marca maior.
Depois de um sábado frustante, onde eu me fiz acompanhar da
irritante revista Veja, cada vez mais pedante, resolvi ir no cinema.
Como nenhum dos meus amigos mostrou predisposição alguma pra
colocar os pés na rua naquele domingo chuvoso, lá fui eu rumo ao
Botafogo Escada Shopping fazer meu progama de índio.
Depois de meia hora na fila pra comprar ingresso, me decidi que ia
ver "Refém do Silêncio " somente pelo critério de que era o único
filme que tinha uma censura de 16 anos.
Comprei o ingresso, e como ainda faltava duas horas para o início
da sessão fui comer uma massa no Spoleto.

Comi, dei mais um passeio, e fui pra fila. E quando fui pegar o ingresso
no meu bolso, putz! Cadê ele? Arghhhh, que raiva, procurei onde
fosse possível e nada. Cheguei a conclusão que não valia a pena
pagar 22 reais pra ver aquele filme e fui pra casa na chuva mesmo
pra largar de ser besta.

terça-feira, outubro 23, 2001

Outra coisa:

tem alguns links aí embaixo desatualizados, e peço especial desculpas à Lia Caldas pelo meu relapso.
Mas estou sem ftp e também sem saco de ficar consertando acentos no template, já que desde aquela mudança no Blogger eu não mexo no coitado.
Tem outros links para serem adicionados, mas também é uma questão de paciência...
Tudo bem já que a onda agora é essa, o visitante n° 5.000 da Face ganha um logotipo personalizado, feito por mim no Photoshop.
É só mandar o screenshot para meu email, assim como os dados para a confecção do logotipo.
Não vale roubar...
Acabei de descarregar 700 e la vai porrada de emails que estavam entulhando minha mailbox na web.
Foram todas para o outlook, e pude finalmente limpar o webmail, já estava ficando difícil de ler, mesmo com banda larga.
Essa situação de sem-acesso é muito chata. Quando é que o Ajato vai poder ser instalado aqui em Botafogo?
enquanto essa situação perdurar, eu fico lendo os emails no trabalho, e descarregando semanalmente eles da net na casa da minha ex-namorada,
dando uma de João-sem-braço.
Vixe, meu hidratante é óleo de peroba...

segunda-feira, outubro 22, 2001

O fim me consome. Eu penso, eu olho, mas ele está sempre lá.
Ele não me aguarda, sabe que não precisa disso, tudo sempre
para lá.
Pois é, agora que não tenho mais namorada, descobri que tenho um imenso tempo vago entre o
antes e o depois. Um tempo que eu gostaria de não ter, já que acabam por se tornarem vagas de
suplício e sofrimento.
Doí, é triste, mas eu vou superar.
Um dia isso passa.
Este blog está sendo reativado...

segunda-feira, setembro 17, 2001

Uma carta de um leitor do O GLOBO me deu a idéia de escrever um comentário
sobre isso.

Já perceberam que, a maioria das pessoas quando sai do Brasil pra trabalhar
nos EUA, sai xingando o Brasil, diz q aqui é uma merda, que os salários são
baixos, que aqui só tem gentinha, e quando chega lá, diz que lá é q é a
civilização de verdade, q é limpo, só chora de saudade de for pra aparecer
no Fantástico, nas matérias sobre os brasileiros que trabalham lá. Eu disse
A MAIORIA, não todas.

Agora que o bicho tá pegando por ali, todos estão picando a mula, e pra
aparecer no Jornal Nacional, fazem declarações do tipo "Que saudade da minha
pátria!" "Aqui é que é bom de viver!" "Não quero nunca mais ir para lá!"
"Aqui é que é mais tranqüilo"...

E mais... eu até tinha pensado sobre isso antes, mas o Artur Xexéo, do qual
eu não sou exatamente um fã, mas ele pegou no ponto certo. Não tenho a
matéria comigo agora, mas ele comentava, em tom de ironia, que era uma
incrível coincidência que todos os brasileiros famosos estivessem nas
redondezas do WTC e "por pouco" conseguiram escapar. Daria pra fazer até uma
revista CARAS inteira só sobre "Veja os apartamentos dos famosos após o
atentado"... Luiza Brunet, Luma de Oliveira e até a Anita Lisboa, a nossa
Mel. Uma ia comprar DVD, a outra ia no fraldário fazer não sei o quê com o
filho, o outro tava passeando do lado, o outro morava em frente, o outro
morava a 500 quarteirões (eles dizem isso para expressar o grende perigo que
foi ficar "perto" do prédio). A grande coincidência que os salvou foi na
verdade o fato de tudo ter acontecido às 8:40 da manhã, hora em que os
famosos geralmente estão ocupadíssimos dormindo, portanto não estariam
comprando DVDs no Worlrlrld Trade Center. Citando o Agamenon Mendes
Pedreira: Só eu, o Agamenon e o Artur Xexéo não estávamos em NY, ... e
portanto não podemos dar depoimentos no Faustão.

sábado, setembro 15, 2001

O mito do contra-terrorismo


"Os Estados Unidos gastaram bilhões de dólares em contra-terrorismo desde o bombardeio de suas embaixadas na Tanzânia e no Quênia, em agosto de 1998. Dez milhões foram gastos em operações secretas especificamente contra Osama bin Laden e sua organização terrorista, al-Qa'ida. Altos funcionário do governo audaciosamente anunciaram ? mesmo após o ataque suicida em outubro do ano passado contra o navio de guerra USS Cole, no porto de Aden ? que a CIA e o FBI estavam clandestinamente "despedaçando membro a membro" a organização de bin Laden. Mas, tendo trabalhado na CIA por quase nove anos em assuntos ligados ao Oriente Médio (deixei a Diretoria de Operações devido a frustrações com os muitos problemas da agência), afirmo que o programa americano de contra-terrorismo no Oriente Médio e arredores é um mito.

Peshawar, a capital da fronteira noroeste do Paquistão, está na periferia cultural do Oriente Médio. Fica na estrada principal, que surgiu a partir da lendária Passagem Khyber, a porta do Afeganistão. Foi em Peshawar que bin Laden entrou no jihad (guerra santa) muçulmano, quando, na metade dos anos 80, tornou-se financiador e estrategista do Maktab al-Khidamat, o Escritório de Serviços, uma organização que recrutava e dava apoio a voluntários muçulmanos, especialmente árabes, na guerra contra os soviéticos no Afeganistão. As amizades e contatos feitos no Escritório de Serviços foram o embrião da al-Qua'ida, o Pedestal, cuja meta explícita é travar uma jihad contra o Ocidente, especialmente os Estados Unidos.

De acordo com contatos no Afeganistão e funcionários do governo paquistanês, os homens de bin Laden freqüentemente vão a Peshawar para se comunicar via telefone, fax e modem com o resto do mundo. Membros das equipes que explodiram as embaixadas na África provavelmente planejavam fugir de volta para o Paquistão. Uma vez lá, certamente voltariam para os braços abertos de bin Laden por meio dos numerosos amigos da al-Qa'ida em Peshawar. Todas as tribos e regiões do Afeganistão estão representadas nesta cidade, dominada pelos Pathans, a proeminente tribo da fronteira noroeste e do sul do Afeganistão. Peshawar é ainda uma importante base do Talibã, os governantes fundamentalistas do Afeganistão. Conhecer as entradas e saídas da cidade seria indispensável para qualquer esforço americano para capturar ou matar bin Laden e seus auxiliares mais próximos. As informações da inteligência sobre al-Qa'ida não são muito úteis a menos que a rede de agentes abranja Peshawar.

Durante uma visita recente, ao pôr-do-sol, quando os becos apertados da cidade ficam completamente escuros a não ser pelo brilho ocasional de um letreiro de néon, caminhei pelos bairros afegãos. Mesmo na escuridão, tive a pior sensação que um agente pode ter ? olhos seguindo-me por toda parte. Para escapar das multidões, entrava em qualquer loja de tapetes, artigos de cobre e jóias ou cibercafés que pudesse encontrar. Estes eram espaços mal iluminados de uma ou duas salas, onde rapazes surfavam em sites de pornografia ocidentais. Não importa para onde fosse, a sensação não me abandonava. Não via como a CIA, da maneira que é hoje, poderia ter chances de levar a cabo uma operação bem sucedida de contra-terrorismo atacando bin Laden em Peshawar, a Dodge City da Ásia Central.

Ocidentais não podem visitar o lado muçulmano do mundo ? de onde vem a maioria dos soldados de bin Laden ? sem anunciar quem são. Nenhum agente baseado no Paquistão pode penetrar nas comunidades afegãs de Peshawar ou nas numerosas escolas religiosas da fronteira noroeste e esperar seriamente reunir informações úteis sobre terrorismo radical islâmico ? sem falar em recrutar agentes.

Mesmo um muçulmano agente da CIA com habilidades na língua nativa (e a agência, de acordo com funcionários da ativa, tem poucos agentes de origem islâmica) nesse ambiente poderia fazer pouco mais que um americano louro de olhos azuis. Agentes já não conseguem sair discretamente das embaixadas e consulados onde estão lotados. Um funcionário americano no exterior, fotografado e registrado pelas forças de segurança e inteligência locais, não consegue ir muito longe, especialmente em estados policialescos como o Paquistão, sem que o "outro lado" saiba. Um agente que tentar se passar por nativo, fingindo ser um radical muçulmano verdadeiramente fiel, buscando irmãos na causa, vai rapidamente fazer papel de bobo.

No Paquistão, onde a Agência de Inteligência e o Exército são competentes e rígidos, a CIA não pode fazer muita coisa caso tenha essas instituições contra si. E elas estão contra. No que se refere ao Talibã e a Osama bin Laden, Paquistão e Estados Unidos não são aliados. As relações entre os dois países têm sido ruins há anos devido à oposição americana ao bem sucedido programa paquistanês de armas nucleares e, mais recentemente, ao apoio de Islamabad ao separatistas muçulmanos na Caxemira. A presença de bin Laden no Afeganistão como um convidado do Talibã, por sua vez apoiado pelo Paquistão, injetou mais desconfiança na relação.

Em outras palavras, o sistema de inteligência americano não conseguiu e nem vai conseguir o apoio do Paquistão na perseguição a bin Laden. A única maneira eficiente desenvolver operações de contra-terrorismo contra radicais islâmicos em território mais ou menos hostil é com "agentes extra-oficiais disfarçados" ? indivíduos sem relação visível com o governo americano. Imagine James Bond sem os apetrechos, as mulheres, a pistola Walther PPK e o carro Aston Martin. Mas, pelo menos até o fim de 1999, não havia programas para introduzir "extra-oficiais" em organizações fundamentalistas islâmicas no exterior, de acordo com um desses agentes no Oriente Médio. "Os extra-oficiais não mudaram muito desde a Guerra Fria", disse-me ele recentemente. "Ainda somos um grupo de executivos de mentira que vivem em grandes casas no exterior. Não vamos rezar em mesquitas."

Um antigo agente da Divisão do Oriente Próximo disse que a CIA "provavelmente não tem um único agente qualificado que fale árabe e tenha ascendência islâmica para fingir ser um fundamentalista muçulmano plausível, disposto a ser voluntário para passar anos de sua vida comendo uma comida de merda e sem mulher nas montanhas do Afeganistão. Pelo amor de Deus, a maior parte dos agentes vive em subúrbios na Virgínia. Nós não fazemos esse tipo de coisa." Um agente jovem vai mais fundo: "Operações que envolvem diarréia como um modo de vida simplesmente não acontecem."

Operações de contra-terrorismo atrás das linhas inimigas são perigosas demais para que os agentes da CIA participem diretamente. Quando eu estava na Diretoria de Operações, a agência enviaria um pequeno exército de agentes para um encontro com um estrangeiro possivelmente perigoso se não fosse possível recebê-lo na segurança de uma embaixada ou consulado. Agentes ainda no serviço secreto dizem que a aversão a riscos e a natureza burocrática da agência ? que refletem, é claro, a crescente aversão da sociedade americana ao risco físico ? apenas pioraram.

A poucas milhas do bazar central de Peshawar, perto do antigo Quartel onde os soldados coloniais ingleses treinaram e onde hoje fica o consulado americano, está o Clube Americano, tradicional moradia para funcionários de agências de ajuda humanitária, diplomatas, jornalistas e outros esquisitos. Viajantes ocidentais esgotados freqüentemente param aqui vindos do Afeganistão para "fazer a descompressão"; pode-se comprar uma bebida, assistir a vídeos, pedir um filé. Os avisos de segurança da embaixada americana são afixados no mural do salão do clube.

Os boletins que vi em dezembro alertavam funcionários americanos e suas famílias para ficarem longe de multidões, mesquitas e qualquer lugar onde pudessem se reunir paquistaneses e afegãos devotos. A embaixada americana em Islamabad, uma fortaleza cercada por barricadas, soldados paquistaneses e muros com câmeras de vídeo e arame farpado, recomenda insistentemente que as pessoas sejam discretas ? essencialmente, que vivam dentro da área cercada e ocientalizada do Quartel ou outros pontos onde é pouco provável que diplomatas trombem com fundamentalistas.

Tais avisos refletem com precisão a mentalidade dentro do Departamento de Estado e CIA. Alguns agentes podem eventualmente dar umas escapadas, mas sua curiosidade não é encorajada ou premiada. A não ser que um dos soldados de bin Laden atravesse a porta de algum consulado ou embaixada norte-americana, as chances de algum especialista em contra-terrorismo da CIA conhecer algum é mínima.

A história de sucesso da Diretoria de Operações fez muito pouco para preparar a CIA para o confronto com o terrorismo radical islâmico. Talvez sua vitória mais memorável tenha sido contra os grupos palestinos nos anos 70 e 80. A CIA podia encontrar coisas em comum com os militantes palestinos, que bebem, envolvem-se com mulheres e gastam tempo em bons hotéis, em países agradáveis e confortáveis. Ainda assim, os agentes infiltrados na OLP ? história relatada de maneira gentil e agradável no livro "Agents of innocence", de David Ignatius (1987) ? eram essencialmente emissários de Yasser Arafat ao governo americano.

Mas diferenças entre fundamentalismo e coisas em comum a parte, a CIA tem teimosamente se recusado a desenvolver operações de especialização em um ou dois países. Durante a Guerra do Afeganistão (1979-89), a Diretoria nunca desenvolveu um time de especialistas a respeito do país. O primeiro caso de um agente com alguma fluência na língua afegã não aconteceu antes de 1987, um ano e meio antes de a guerra acabar. Robert Baer, um dos mais talentosos agentes no Oriente Médio nos últimos 20 anos (e o único nos anos 80 a colecionar com consistência documentos de inteligência de primeira linha a respeito do Hizbollah libanês e do Jihad Islâmico palestino), sugeriu a Washington no início dos anos 90 que a CIA poderia juntar material a respeito do Afeganistão através das repúblicas vizinhas na Ásia Central que fizeram parte da União Soviética.

A resposta: perigoso demais, e por que se preocupar com isso? A Guerra Fria ali havia terminado com a retirada soviética em 89. O Afeganistão era longe demais, a guerra ali era vista como endêmica, e islamismo radical era uma idéia abstrata. Desde então, o Afeganistão se transformou no centro principal de treinamento e inteligência do terrorismo do islã contra os Estados Unidos, e ainda assim o serviço clandestino da CIA mantém agentes responsáveis pelo país por não mais que dois ou três anos.

Até outubro de 1999, nenhum agente da CIA havia visitado Ahmad Shah Massud no Afeganistão. Massud (N do T: vítima de um atentado no dia 10 de setembro e cuja morte vem sendo seguidamente anunciada e desmentida) é o líder do noroeste do país e responsável pela única força que combate o Talibã. Ele foi o mais capaz entre os combatentes da guerrilha mujahideen de resistência aos soviéticos. Seu exército, hoje, entra em confrontos constantes com as tropas árabes (N do T: em sua maioria egípcios e sauditas) sob comando de bin Laden e, ainda assim, nenhum agente da CIA esteve com os soldados de Massud nas linhas de frente e jamais entrevistou paquistaneses, afegãos, turcomanos ou árabes que eles capturaram.

O Centro de Contra-terrorismo da CIA, que hoje tem centenas de empregados das diversas agências governamentais, foi criado por Duane "Dewey" Clarridge, um burocrata com energia extraordinária. Em menos de um ano, em meados da década de 80, Clarridge converteu uma operação de três homens confinados num quarto pequeno com uma tevê com CNN numa equipe que rivaliza o serviço clandestino da Divisão de Oriente Próximo pela primazia no trabalho anti-terrorista. Ainda assim, o Centro de Contra-terrorismo não alterou os métodos da CIA em terra estrangeira. "Nós de fato não pensávamos em detalhes das operações ? como poderíamos nos infiltrar neste ou naquele grupo", disse um agente sênior da equipe. "Vitória para a gente era que tínhamos impedido (Thomas) Twetten (chefe da Divisão de Oriente Próximo) de nos atropelar." Em meus anos na CIA, nunca ouvi na sede ou no exterior agentes discutirem o abc das operações de recrutamento contra um alvo no Oriente Médio que fosse além das relações diplomáticas ou salas de reunião. Operações de semeadura a longo prazo simplesmente não aconteciam.

George Tenet, que veio a ser diretor da CIA em 1997, repetidamente descreveu o programa norte-americano de contra-terrorismo como "robusto" e, na maioria dos casos, vitorioso na manutenção dos terroristas de bin Laden em desequilíbrio e ansiosos a respeito de sua própria segurança. Na administração Clinton, o diretor sênior de contra-terrorismo do Conselho Nacional de Segurança, Richard Clarke, que continuou como czar de contra-terrorismo na Administração Bush, tem certeza que bin Laden e seus homens mantém-se acordados de noite em seu acampamento no Afeganistão, "apavorados com quem será pego na próxima vez".

Se nós vamos derrotar Osama bin Laden, precisamos abertamente tomar o lado de Ahmad Shah Massud, que ainda tem uma boa chance de quebrar a coalizão tribal que sustenta o Talibã. Isso, com mais eficiência que qualquer programa de contra-terrorismo no Oriente Médio, pode eventualmente forçar os líderes do al-Qa'ida para fora do Afeganistão, onde a inteligência americana e aliada e suas forças armadas podem alcançá-los.

Até lá, não acredito que Osama bin Ladin e seus aliados venham a perder muito de seu sono."

Reuel Marc Gerecht

Reuel Marc Gerecht, é um ex-agente da CIA no Oriente Médio, que largou a agência por desânimo.

quinta-feira, setembro 13, 2001

O mundo está chocado. Depois de assistir a uma grande catástrofe ontem que resultou em dezenas de milhares de inocentes mortos.
Trata-se do atentado contra o World Trade Center. Um atentado contra a vida, a liberdade e a democracia.
Pessoas do mundo inteiro se sensibilizaram com as cenas chocantes e o sofrimento das pessoas que morreram lá. Pessoas que tiveram uma vida feliz, saudável, e cheia de oportunidades.
Realmente, as pessoas do mundo são muito solidárias, e isso pode ser comprovado vendo-se essa comoção geral.
Mas o engraçado é que ninguém se assusta com os países pobres. No mundo inteiro, todos os dias morrem milhares, talvez dezenas de milhares de pessoas de fome e doenças. Pessoas que nunca tiveram um dia tranquilo na vida. Pessoas para quem a vida foi a sobrevivência. Mas ninguém se incomoda.
Países que foram explorados pelos Estados Unidos hoje têm pessoas que morrem de fome, mas ninguém se incomoda. Na África morrem diariamente milhares de pessoas de Aids, enquanto os EUA não liberam os remédios, porque estão preocupados com o lucro dos Royalties.
E ninguém se importa. Mas o mundo inteiro sofre pelos americanos mortos.
Os EUA invadiram a Guatemala, financiaram os contra Nicaragüense, causaram o genocídio de 800.000 ruandeses em 1994, bombardearam o palácio la rosada no Chile, sustentaram a ditadura de Idi Amim Dada, sanguinário que comia literalmente seu próprio povo, treinaram os torturadores do mundo todo, inclusive os brasileiros, sacrificaram o povo iraquiano, destituíram governos matando a humanidade em nome da humanidade, bancaram e armaram Israel e subjugaram Palestinos.
Defenderam o Regime do Xá Reza Palevhi, no Irã, a ditadura Turca, invadiram a baía dos porcos, em Cuba, anexaram parte do México à força, jogaram as bombas em nagasaki e Hiroshima quando a guerra já havia acabado, apoiaram incondicionalmente o regime do apartheid na África do Sul, financiaram a UNITA em Angola, bombardearam junto com outros países a república espanhola, bancaram as ditaduras militares na América Latina, inclusive as do narcotraficante Hugo Banzer e Somoza, ocuparam o Vietnã, mataram seus próprios soldados, dividiram a Coréia do Norte e do Sul.
Mas ninguém se incomodou com as vítimas desses atentados cometidos pelos EUA. Muito mais do que dezenas de milhares. Talvez dezenas de milhões. Talvez mais. Mas ninguém se importou.
Está difícil emitir uma opinião neste momento, e da qual eu não possa me arrepender amanhã.
O momento é de apreensão, tanto pelo que aconteceu, quanto pelo que pode vir a acontecer, e acho que fazer qualquer tipo de previsão agora, é como dar tiros no escuro.
Torço apenas para que haja sensatez, e não apenas um desejo desenfreado de vingança.
O que já aconteceu, aconteceu, irremediável está. Mas o futuro ainda nos pertence, em parte...

quarta-feira, agosto 22, 2001

Viva!!! Viva!!! Viva!!!
Finalmente o Tantofaz.net fechou as portas...
Sempre odiei esse site, e a sua pretensão.
É mais um na quebradeira que não deixará saudades.
Ah sim! Nada de página em branco...
É cada uma, que vou te contar...
minha página sumiu!
será que agora vai aparecer?

sexta-feira, julho 13, 2001

Alguém pode me explicar o que acontece com a nossa seleção?
Não dá, do jeito que jogou hoje, se pegasse o time do Flamengo que ganhou
a Copa dos Campeões, ia levar de cinco. O time do Flamengo tem tudo o
que falta na nossa seleção: raça, objetividade, não acredita em bola perdida,
saber administrar o resultado, tem um técnico que mais do que reclamar,
conserta os erros na hora; passes rápidos e com objetivo, além de uma
característica fundamental, ao meu ver num time de futebol:
quando um jogador vai mal, tem sempre alguém que rende além do normal
pra compensar.
Longa vida ao Flamengo e ao Zagallo, por que hoje eu tenho alegria de ver meu
time jogar, seja ganhando ou perdendo, e por tudo o que citei acima, ultimamente
temos ganhado mais do que perdido. Mas fica minha bronca com os dirigentes
corruptos: Paguem os salários da moçada! Eles estão fazendo a parte deles,
agora só faltam vcs tomarem vergonha na cara.
Sexta-feira!
Vamos ver o que acontece...
Mas não custa acordar com o pé direito.
Dica de um joguinho maneiro, mas pra ser jogado uma vez apenas:
Aqui!!
São três games, uma pena, já que são bem interessantes.
Ainda não achei a solução para o terceiro, mas já vou logo avisando
que é bem divertido perder.
Segue um screnshot do segundo game.

sábado, julho 07, 2001

Pra mim, o pior de todas as medidas tomadas contra o apagão, foi a de
fechar o caixas eletrônicos à partir das dez da noite. Isso é um saco!
Já passei diversas madrugadas com fome, simplesmente porque não
tinha um caixa aberto. Se o Smart Card já funcionassem plenamente
seriam a salvação. Mas até hoje não vi UM estabelecimento comercial
que aceitasse. Pelo menos aqui no Rio é assim, não sei como é em outros
estados.
Hoje eu tomei uma decisão radical: limei o primeiro cliente mala, e vou
começar a limar os outros. Chega! Tem gente que não dá pra lidar.
Eles ficam ali do seu lado policiando o que vc fica fazendo, fazem
milhões de perguntas, muitas delas repetidas, fingem que entendem as
minhas respostas, não confiam no que eu faço, e ainda reclamam do
meu preço! Não, se for pra ter que ficar aturando chato, prefiro não fazer.
A partir de hoje não atendo mais essas pessoas em domicílio. Se
quiserem os meus serviços, que tragam os computadores e deixem aqui
em casa, que no dia seguinte eu entrego. Oras bolas, minha paciência tem
limite.
Nossa! Estou muito feliz hoje! Completei dois dias de trabalho, saí de uma
maratona onde eu fiquei 27 horas acordado. A excitação com as coisas
acontecendo não me deixaram dormir. Mas quando apaguei, foi pra valer.
Dormi direto por nove horas e quando acordei, dava pra sentir o corpo pedindo
cama de novo. Mas tá maneiro, deu pra sentir que vou poder trabalhar com o
que gosto, da minha forma, e o mais importante de tudo: me respeitam pelo
resultado do meu trabalho.

Aliás, é a primeira vez que não vieram com conversinha pra cima de mim,
por causa do meu cabelo comprido. Qual é o problema com o meu cabelo?
Não é ele estar curto que vai me ajudar a ter um desempenho melhor no
trabalho. Aliás, um dia numa entrevista para um emprego, a RH me disse
num tom debochado que ela nunca me contrataria por eu ter o cabelo
comprido, pois se sentiria embaraçada em me encaminhar para algum
cliente dela. Ah, dá licença, né?

quinta-feira, julho 05, 2001

Se alguém aí tiver um modelo de um checklist de itens de um computador,
please, manda pro meu email. Estou sem saco de fazer um a partir do zero.
Emprego novo, vida nova! Amanhã eu começo a pegar no batente.
Sorte sempre anda intimamente ligada a competência.
Então é tratar de ser competente e bola pra frente...

segunda-feira, junho 25, 2001

Bom, galera defendeu com unhas e dentes o Audiogalaxy como melhor cliente
pós-Napster para se baixar umas musiquinhas. Não só aqui, mas na rua também.
Bom eu continuo com as minhas reservas frente ao dito cujo:

1) Não dá para saber o bitrate da mp3 até que ela chegue no seu computador.

Isso não seria nada demais, mas eu sou um cara chato e ojerizo qualquer mp3
que tenha menos ou mais que 128Kbps. Então eu baixo uma música que tem
estúpidos 192Kbps e vejo que desperdicei um tempo a mais pra baixar a dita cuja.
Aliás, isso é culpa dos péssimos encoders que a moçada usa. Aí pra compensar
a péssima qualidade eles ficam usando esses bitrates altos.

2) O Audiogalaxy tá sempre com o server dele Busy.

É uma coisa deveras chatinha isso. Vc quer pegar a mp3 e tem que aguardar?

3) Não há como escolher de que pessoa vc vai baixar determinado arquivo.

Isso é especialmente crítico, porque vc está se sujeitando a pegar um cara com
uma conexão de modem do outro lado, e aí de nada vai adiantar a sua banda larga.

Mas fazer o q, né? É o que temos disponível hoje em dia. Que saudades do Napster...
Putz! Ontem eu fiquei a madrugada toda conversando com um amigo via icq
da minha namorada. Depois fui dar uma conferida se rolava alguma msg
offline no meu icq, e abri o Miranda ICQ (um clone do icq, que roda na rede
do icq, mas sem banners e outros troços chatos). Aí vem o meu amigo com
quem eu estava falando e pergunta:
"ue!
a chris sai e vc entra?
coincidencia?"
Juro que meu queixo caiu até o chão!. Então eu fico conversando três
horas com um amigo que me conhece bem, e ele nem nota que está
falando com a pessoa errada? Imaginem se ele num ato de imprudência
comete algum ato de indescrição? Depois dessa nunca mais uso o
icq alheio...
Dia nove do mês que vem, completo dois anos de namoro com a Chris.
Estou sem idéia do que fazer de especial, mas algo eu tenho que fazer.
O engraçado é perceber que ao longo dos anos meu tempo de relacionamento
com minhas namoradas foi aumentando progressivamente. Raro era o
namoro que durava um mês. Isso sem falar nos rolos, casos e eventos
mais efêmeros. Reconheço que ariano é foda! É um fogo-de-palha
nojento, quer viver o mais intensamente possível, no mais curto espaço
de tempo. E ainda por cima quer ser livre e odeia qualquer tipo de
compromisso. Assim eu fui. Um dia ainda escrevo um livro só para
pedir desculpas para as ex. Por enquanto peço aqui mesmo:
Mil desculpas meninas. Não era minha intenção ter sido quem
fui com vocês. :-(
Além disso a trilha sonora de hoje é Grateful Dead.
Moçadinha véia, que os primeiros hippies ouviam. Nada de
extraordinário, mas é um bom som, desprentensioso e
muito agradável de ouvir. Se você não conhece, sem problemas,
pouca gente conhece mesmo...
O site deles é meio estranho, mas sei lá, vai saber o que anos
de consumo de lsd não faz a cabeça de alquém.
Tô com prequiça de mexer no template, por isso ainda não adicionei
alguns links que já estão pra entrar no meu condomínio. Além
disso aquele desktop alí já mudou faz tanto tempo...
O problema neste caso é que eu só posto no blog da casa da minha
namorada, mas seu eu lembrar, trago lá de casa o screnshot do desktop.

Hoje mamãe me ligou. Já fazia um tempinho que não falava com ela,
e a boa notícia é que ela está finalmente free! Chega de sofrimento, vai
poder dormir em casa e em paz, finalmente.
Estou frustado! E tudo porque um bolo que eu fiz ficou solado!!!
Estava tudo correndo bem até que ao dar uma espiadela pela porta do forno
reparei que a forma tinha ficado pequena demais. Bem na hora o bolo
tranbordou, caindo um monte de massa no fundo do forno, massa essa
que imediatamente começou a queimar. Fui obrigado a abrir o forno e
limpar a massa. Na hora o bolo murchou. :-(
E o Pior: mesmo solado estva com um gosto muito bom. Ah, que raiva!

Ainda ontem fui ver "Na Teia da Aranha". Nada que mereça um "Oh!", mas é
um bom filme. Lógico que tudo dentro de um bem batido roteiro, mas
sei lá, não é o filme que te deixa dormir na poltrona. E tem até uma
surpresinha, onde não se espera encontrar nenhuma.

sexta-feira, junho 22, 2001

Acabei de perceber que o Napster faz uma falta enorme.
Depois de testar uma dezena de clientes diferentes, cheguei a conclusão
que nenhum chega sequer aos pés do Napster em funcionalidade, rapidez e
facilidade de uso. Morpheus, Imesh, WinMX e até o queridinho dos usuários
de Mac, o LimeWire (sim, existe uma versão pra Win), eu esperimentei e reprovei.
Eu aqui com uma banda larga louco pra usar, e sem ter como pegar umas
musiquinhas é o cúmulo da frustação.
Maldita seja as Grandes Gravadoras.

domingo, junho 17, 2001

Ah, alquém aí me mandou um email perguntando se estou com idéias suicidas.
Não, não estou. Sou muito covarde para me matar. Além disso amo viver, amo
antes de tudo estar vivo. Mesmo que não me reste mais nada, se ainda assim
eu tiver como estar vivo, vou persistir.
A direção que minha vida deve tomar sai no fim do mês. As conseqüências e
abrangência desta decisão inclui a morte deste blog, dos tmpbm e até uma
coisa que não ouso dizer. O ponto limite custou a chegar, mas enfim se fez
presente. As coisas não podem ser empuradas com a barriga indefinidamente.

Há horas para reflexões que não passam desapercebidas. Estou me impondo
uma severa auto-crítica, e vejo que muitas das coisas que considerei como certas
foram erros, mas erros nuncam se tornaram acertos. Será que é da natureza
humana sempre errar mais, mesmo quando se tenta fazer o certo???

Bom, as cartas estão na mesa. Só espero que não seja tarde demais...

segunda-feira, junho 11, 2001

Muitas coisas para fazer, muitas mais para pensar, outras a realizar.
A vida não tá fácil, mas não me recordo de algum dia alquém dizer que seria.
Estive pensando em jogar a toalha, apelar para os atalhos, me deixar levar pela
correnteza, sem resistência, sem esforço; sem noção ou concepção da coisa
certa a se fazer. Me exaspero quando olho para frente e vejo tudo tão curto, tão
sem distância e preenchimento das esperanças.

Triste é lembrar que outrora o futuro era longo, com infinitas possiblidades,
hoje reduzidas em incertezas e olhares vazios. Mas eu resisto. Enquanto
vida soprar nos meus cabelos, encontrarei o desejo de viver.
Valeu Guga!!!

segunda-feira, junho 04, 2001

Humm, quantos dias sem postar. Não é falta do que relatar, confesso.
Muitas coisas aconteceram nesse curto período de tempo, algumas más,
outras boas, como sempre é vida em eterno movimento. Tive surpresas, coisas
que julguei nunca ter fim, se acabaram, e outras que achei impossíveis,
aconteceram.
Há de tudo um pouco nesse caminho tão pouco usual, mas o quê fazer?
No fundo tudo não passa de escolhas pessoais, erradas ou certas, são opções.

Hoje eu vi o quão grande pode ser o caráter e o coração de uma pessoa.
Não há palavras para definir o que senti ao ver o Guga desenhando um coração
no saibro e se ajoelhando para agradecer ao público. Inacreditável como ele
encontrou espaço em sua mente para pensar nisso depois de estar perdendo
de 2 sets a 0, ter conseguido salvar um game point contra e arrancar dois sets
na raça e no coração para se manter vivo em Roland Garros.

Me senti diminuto com todas as minhas mesquinharias pessoais, minha arrogância
e minha pouca condescedência para com o próximo.

quinta-feira, maio 24, 2001

O post abaixo me fez refletir sobre o que significa a internet para mim.
Há claramente definido um Alexandre antes da www, e um após ela
passar a existir em minha vida. Foi uma mudança radical, em tudo
mesmo, agravado principalmente pela vida que eu levava antes da web.

Vivi aproximadamente 2 anos no Sana, lugarejo pouco maior que nada.
É um lugar excepcional, esquecido do mundo, onde a único meio de
contato com o Real World era um telefone público instalado no governo
Brizola, que só funcionava conforme os humores da dona do bar onde ele
estava instalado. Mas confesso que ele nunca me fez falta, tinha horas
que desejei que nem existisse para suprimir um sentimento de culpa que
por vezes apareceu quando pensava em pessoas queridas distantes.

Vou dizer que ter vivido lá foi maravilhoso em todos os aspectos. Não é
uma constatação de agora, pois ainda lá eu já tinha conciência disso.
É incrível como foi necessário estar em um lugar como o Sana para poder
ter crescido como ser humano, como pessoa e ter estabilizado valores que
até então eram tidos como etéreos. Agradeço de coração cada momento
vivido naquele pedacinho de chão desse mundão que nos cerca. Estar
sozinho não é apavorante como pintam, talvez no começo, mas a auto-realização
é um caminho tranquilo de ser seguido. Foi preciso estar sozinho para que eu
pudesse descobrir quem eu era, o que queria, e como seria.

Foi então que surgiu a Internet. No início como uma bomba, um vício incontrolável,
que se sobrepunha à qualquer outra necessidade que eu tivesse, fosse fome, sede
ou sono. Um mundo novo se descortinava no horizonte, com milhares de informações,
pessoas do outro lado, de outros estados, de outros países. No começo a rede era um
lugar realmente difícil de ser desbravado, mas havia recompensas. E era um lugar
agradável, com um notório ar de submundo, das coisas por baixo do pano. Mas tudo
que é bom acaba, e assim aconteceu, também com a internet.

Quando Bill Gates, então com o portentoso título de "O Homem mais Rico do Mundo"
admitiu que havia errado em substimar o poder da Internet, e que a partir de então a
Microsoft passaria a direcionar cada vez mais seus rumos em direção à "Via de Informação"
o mundo descobriu a Internet, e também queria tirar a sua casquinha. Milhares de newbies
adentraram a web e destruiriam uma por uma qualquer coisa interessante que estivesse
estabelecida. Propagandas, banners, milhões de chatos no mirc, outras centenas pedindo
para tc com vc no icq, foi o inferno.

É claro que nos adptamos, mas nesse processo muita coisa se perdeu, notariamente
os antigos amigos. Se foram também as madrugadas viradas no mirc, as intermináveis
convesas no icq, e a liberdade de deixar a florzinha do Icq sempre verdinha, online para
o Mundo.

Que viveu verá...

sexta-feira, maio 18, 2001

Apague as velinhas, a World Wide Web completou 10 anos ontem! :-)

Segundo o W3C (World Wide Web Consortium) um instituto de pesquisa,
que além de desenvolver tecnologias, mantém um estudo da história da Internet,
a principal parcela da Internet como a conhecemos hoje, as páginas Web,
completaram 10 anos ontem.

No dia 17 de maio de 1991 entraram no ar os primeiros servidores da CERN,
destinados a servir páginas, o que marcou o lançamento oficial da Word Wide Web.
A Internet já existia muito antes disso, claro, mas sem as páginas Web.

Se com apenas 10 anos, antes mesmo de sair da Infância, já temos tanta pornografia,
imagine daqui a mais 8 anos, quando atingir a maioridade. :-)

Brincadeiras à parte, a notícia serve como referência para o espantoso desenvolvimento
da Web, que mantém uma das maiores taxas de crescimento em toda a história da humanidade.
Atualmente, o número de páginas disponíveis já é contabilizada na casa dos bilhões.
Muitos portais chegam a abrigar sozinhos alguns milhões de páginas. Logo chegaremos
ao ponto da Web hospedar quase todo o conhecimento humano, disponibilizado de forma
acessível para quem tiver interesse. E o melhor de tudo, de forma democrática, onde cada
um pode dar sua contribuição.

domingo, maio 06, 2001

Finalmente um novo lar! Tá certo que não é lá essas coisas, a qualidade decaiu
muito desde que saí de Santa Teresa, e apesar de cada vez pagar mais caro.
Vai entender... Bom, pelo menos agora o carro da minha namorada deixou de
ser depósito, e em breve a casa do Will também deixará. Em breve os posts
voltam ao normal.
Desde ontem tá fazendo um friozinho gostoso aqui no Rio...

terça-feira, maio 01, 2001

Queridos amigos leitores deste humilde blog:

Tenho estado em severa falta com a atualização dos posts e mesmo assim a
média de visistas por dia da Face não se reduziu. Agradeço imensamente aos
leitores cativos, vcs me fazem me sentir uma pessoa especial. Gostaria de
esclarecer que o autor da Face está com sérios problemas com relação a
moradia, estando literalmente "no olho da rua". Os amigos e namorada estão
me dando um abrigo equanto essa incômoda situação de indigente perdura.
Mas estarei, na medida do possível, postando aqui, mesmo que com bem
menos frequência. Pode deixar que eu alguma hora isso se resolve e eu
estarei de volta 100%.

Um grande abraço pra todos...

domingo, abril 15, 2001

Relatos de sábado à noite:
Ricardo não apareceu, mas tudo bem, a galera estava lá. Vou dizer que
Bide ou Balde é do caralho!!! Acompnhei quase o show todo junto com
o Fred, mas dei um pulo no banheiro e não consegui mais voltar pra
frente do palco. Depois do show, comprei uma camiseta da banda,
além de ficar circulando pela área. O Cine Iris tem um ambiente
maneirusco, e ontem estava cheio, saindo gente pelo ladrão.
Mas por volta das três horas comecei a ter um mal-estar por
motivos ignóbeis. Acho que foi por causa das margueritas que
eu tomei. Fiquei mais um pouco para não deixar o Fred sozinho,
mas teve uma hora que não deu mais e eu saí voado. Pra piorar
a porta do edifício onde moro não queria abrir e eu com uma
vontade louca de ir dormir, banheiro, etc. sorte minha que eu vi que
a vizinha do primeiro andar estava acordada e toquei o interfone dela.
Mas no resto foi beleza mesmo... Agora amanhã começa a Semana
Hardcore
.

sábado, abril 14, 2001

Vou pro Cine Íris hoje! Vamos ver se eu encontro o péla do Ricardo lá.
Segundo o pessoal que o conhece, ele é gente boa à vera, apesar de
gostar de axé e outras porcarias...
Fred também vai. Os Cuecas se reunindo...
É no mínimo constrangedor saber que uma garota de 14 anos
lê o que escrevo no Testosterona. Danizinha, olhá lá o que
vc vai fazer em? Brincadeirinha, tá? É só pro caso de alquém
aparecer com um processo contra mim por aliciamento de
menores eu ter como me defender. :p

sexta-feira, abril 13, 2001

Acabei de perceber que talvez eu esteja ignorando os Sinais.
Aprendi cedo a confiar nos sinais que a vida vai deixando em cada passo.
E se nada do que eu faço está indo pra frente, é porque estou no caminho
errado. Não tem nada a ver com dificuldades, isso eu enfrento todo dia aos
montes, tem a ver com não achar sentido algum continuar do jeito que está.
Além de não estar avançando as coisas começam a retroceder, estão se
deteriorando, e eu vou vendo o tempo se esvaindo, sem retornos.
O mais ridículo é que eu sou ariano típico, sempre me guiei pela
intuição acima de tudo, e agora estou tendo que escolher pela razão.
E por mais que eu queime a mufa pra ter alguma certeza, mais
confuso eu fico. Preciso de uma luz, urgente...
Estou neste momento teclando com a Dani e tentando
convence-la que a melhor forma dela se livrar dos irmão pentelhos
era começar a ter algumas atitudes "estranhas".
Acho que ela não aprovou muito minhas idéias, mas se vc, cidadã
brasileira, com irmãos-malas no seu pé, já não aguenta mais e está
precisando de um help, e.mail me.
Feriadão... E eu aqui na frente do computador. Aproveitando pra
colocara leitura dos blogs em dia. Diria que está até legal, não
fosse a minha profunda introspecção.
E ainda tem o problema do ap pra me incomodar. Saco isso,
10 dias com um feriado no meio é muito pouco pra se achar
um outro lugar pra morar e ainda fazer mudança.
O mais chato ainda que por conta disso não fui pra fazenda
dos avós da Chris, e eu queria ir muito dessa vez. Não sei
quando vai ter outra oportunidade para ir...

quinta-feira, abril 05, 2001

Ontem eu vi uma daquelas cenas que mostra bem o clima de
decadência musical da nossa nação. Estava zappeando entre
um e outro canal na casa da minha namorada (eu não tenho
tv em casa), quando parei no Programa Livre com a Babi.
Era o exato momento em que entrava em palco o grupo
É o Tchan. Mas algo não batia, o ritmo era de funk e não axé.
Qual foi a minha surpresa em perceber que o playback era uma
música do própio grupo. Aquilo me deixou de queixo caido.
Inacreditável! Até que ponto chegam as pessoas para poderem
se vender? Eu sei que É o Tchan é algo sem compromisso nenhum
com algo que se possa chamar de música, meramente um produto
de mercado, mas ver um grupo de axé cantando funk me embabascou.
Tem que ter muita cara-de-pau pra se prestar a tamanho papelão.
E o que é pior: o funk deles ficou horrível! Sabe uma coisa que
não cabe? Pois é, não está cabendo. Eu odeio funk, mas quando
eu vejo um cantor(a) de funk dá pra perceber que há uma atitude,
a pessoa ali é funkeira, tem uma raiz, podre na minha opinião, mas
que está ali, está. Há um traquejo, uma acidez nas letras, um
despojamento quanto às pretensões. É o Tchan não tem nada disso.
Não quero tecer aqui considerações sobre a vendagem deles, posto
que o que se vende ali mesmo são as dançarinas seminuas, como
sempre foi, mas ficou a impressão pra mim, de fundo do poço.
Será que os cantores baianos vão todos passar a cantar funk?
Os trios elétricos passarão a sacudir ao sabor do funk? Não quero
nem imaginar como vai ser, mas se acabar acontecendo, pra mim
não muda nada. Continuarei a ouvir meu rockão dos 70's,
e quem tem péssimo gosto musical que continue ao sabor de
"Tá dominado, tá tudo dominado!"
Que tristeza... O mundo civilizado chegou ao seu limite e não sabemos mais como parar.
Estamos cavando um túmulo cade vez mais fundo, mas não podemos parar.
Foi assim que me soou as palavras do Presidente dos EUA, Bush. Pelo menos ele é
sincero. Mostrou que o buraco é mais embaixo.
"Somos os maiores poluidores do mundo. Mas não podemos deixar de poluir porque a
economia Americana entraria em colapso. E eu acredito que uma crise americana seria
bem pior para o mundo que os efeitos da poluição que produzimos."
Gente, e eu estava apenas acordando. Percebe como é impactante acordar e ouvir essas
palavras?
Terrível, é como estar dirigindo um carro desgovernado e ter como única opção a de acelerar
ainda mais.
Há solução? Eu não percebo nenhuma. Se vocês soubessem o quanto eu me sinto culpado.
Eu já andei por muitos lugares, estive em muitas cidades, cada cantinho destes mundo mais
belo que o outro. O mundo é um paraiso, tão lindo, mas tão maltratado, tão malcuidado.
Nossa casinha no universo.
E tudo isso porque não podemos passar sem milhares de coisas supérfluas, porque temos que
ser consumistas, porque o sistema tem que rodar, o maldito dinheiro tem que rodar, e
precisamos ganhar cada vez mais do maldito vil metal. Isso para uma minoria. Porque
milhares passam fome, não têem direito nem ao mínimo para viver com dignidade.
E milhões passam fome de espírito, aqueles que vêem e não podem comprar, que
trabalham uma vida inteira para sobreviver.
Mas eu estou aqui, sozinho no meio de muitos, sem ter um lugar para ir, sem ter
como correr, ou ficar parado. Eu vago sem rumo por trilhas tortas, caminhos incertos
tentando sobreviver, sabendo que deveria era estar vivendo. Viver se torna difícil quando
sua primeira necessidade passa a ser sobreviver por mais um dia.
Mas é assim que tenho prosseguido, sem esperanças ou projetos, um dia de cada vez,
aguardando as trevas esmaecerem para conseguir vislumbrar alguma luz em qualquer lugar.
Sem grana, longe da família, em território estrangeiro, sem ter um lugar pra voltar. Ao menos
os amigos não faltam, bens mais preciosos que possuo. Mas tá barra segurar. O beco tá
cada vez mais sem saída, logo eu, que as possuia aos montes.
Sobreviver é uma arte, meio camaleônica, meio pulo do gato, mas não há arte
que se compare a viver.

domingo, abril 01, 2001

Primeiro post do mês! E também a retomada da frequência normal de posts no Blog.
Andei bem ausente, porque além de muito trabalho, rolos mil tava dando um pau no
Blogger, e eu não conseguia postar. Paciência para ficar escrevendo num blocos de
notas para depois postar, só Will tem.

quinta-feira, março 29, 2001

Longa vida à todos os povos livres da Terra Média! Os Servos Negros não perdem
por esperar, entraremos com tudo! Vai ser uma carnificina sem precedentes.
Faremos jus ao nome de "Moedor de Carne" que Osgiliath adquiriu. Só espero
que nossos oponentes estejam em um nível justo. O nosso time é fortíssimo,
quiçá seja consagrado como o melhor atualmente jogando. Vou ter que me
acostumar a olhar meu turno e constatar a infinita inferioridade dos Povos Livres
frente aos servos Negros. Imagino a emoção que nossos novatos terão ao abrir
suas caixas postais amanhã e receber o tão esperado turno zero.
Resta saber se todo o conhecimento que adquiromos jogados outros
jogos como servos negros se aplicará ao que vamos jogar. Bom, veremos.
Só o tempo para responder essas questões. Que a batalha comece!
Caro Regente,

no dia 28 de março de 2001 foi declarada a 17ª Guerra do Anel.

Forças dos Povos Livres e dos Servos Negros encontram-se em
alerta total e os embates são iminentes e certos!!! Tropas de todas
as alianças estão mobilizadas para um combate mortal entre os
Povos do Bem e do Mal.

Faça sólidas alianças com Reinos Vizinhos, traga para o seu lado
forças Neutras e ataque o inimigo com fúria máxima. Glórias
futuras lhe recompensarão as perdas nos campos de guerra.

sábado, março 24, 2001

sexta-feira, março 23, 2001

bom, não sei se vcs notaram, mas o ícone deste Blog passou a ser uma latinha de
lixo. Acho que tem mais a ver do que aquele ponto de exclamação vermelho.
Então da próxima vez que virem uma latinha de lixo nos favoritos, clica lá que vem pra cá.
Putz! Tive que voltar aqui pra postar isso:
Amd lança Atlon de 1.33 GHz DDR 266 Mhz FSB. Testes preliminares indicam
desempenho 40% superior ao Pentium 4 de 1.5 GHz!!!
Os sites especializados estão eufóricos. Todo mundo apostava que a Intel tinha
seguido um mal caminho apostando nas memórias Rambus. Taí o resultado!
...
HANNOVER, GERMANY--MARCH 22, 2001--At CeBIT, AMD today announced
its continued industry leadership position by introducing the 1.33GHz and
1.3GHz AMD Athlon™ processors. The 1.33GHz AMD Athlon processor-based
platforms with Double Data Rate (DDR) memory outperform the Intel Pentium® 4
processor-based platforms by up to 40 percent on a variety of benchmarks,
including video encoding, audio, video and image editing, and 3D modeling and
animation.
...
Madrugada solitária na net. Nenhuma alma no Icq, e em 3 horas só chegou um
único email: um spam safado oferecendo UNIVERSITY DIPLOMAS.
Acho que vou pedir um desses. Quem sabe se com um diploma falsificado
de que estudei a minha vida toda no states eu não saio dessa lama?
Um vazio intenso me consome. Não sei se é o fato de só ver a namorada no
fim-de-semana, ou se é falta de um bate-papo. Fui na padaria hoje de tarde e
na volta encotrei um amigo das antigas sentado no banco da pracinha, com
mulher, duas filhas... Figuraça! Gente boa até não poder mais. E quando
penso no momento que o conheci. Tô ficando velho. Trocamos algumas idéias,
meio que como se continuando um velho papo. Tive tão pouco tempo pra viver
tudo o que já vivi. Tanta coisa boa que só pude desfrutar por curto espaço de tempo.
É fato: meu passado me faz bem. Gosto de ter sido quem fui.
Mas agora eu vou pra cama. O pessoal que madruga no icq já começou a chegar.
Já tive esse hábito, levantar cedo pra navegar edepois ir trabalhar.
Bons tempos, bon tempos...

quinta-feira, março 22, 2001

Hoje, depois de procurar por + ou - 2 minutos um arquivo no meu Desktop,
percebi que precisa por uma ordem na bagunça. É um fato irremediável: meu
desktop vai virando depositário de downloads, arquivos diversos, arquivos de
trabalho, e acaba tudo uma zona. Resolvi acabar com isso, e de quebra
mostra como ele é.
Texto retirado do 700km - Fanzine por email.
Além de ter alguma coisa em comum com a idéia do Raio Verde, me fez lembrar
algumas das minhas noites verdadeiras. Mas o mais insólito de tudo isso é estar
lendo Gurdjieff e ele discusar contra a eletricidade em 1922. Incomodava à ele as
luzes de Paris, que não lhe permitiam observar o céu em sua plenitude.
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Villiers de l'Isle Adam foi um visionário escritor francês de meados do
século XIX. Filho de uma família nobre e decadente, deixou obra curta mas
perturbadora. Em um dos seus contos, "L'Affichage Céleste", nos relata o
projeto de M. Grave, engenheiro americano, homem surpreso com a inutilidade
das azuladas abóbadas celestes, que para nada servem a não ser para
desenfrear a imaginação doentia dos últimos sonhadores. O céu precisava ser
elevado à altura da época. Por que não retirar algum lucro desse imenso
espaço estéril e vazio? Após muitas viagens e pesquisas, M. Grave
aperfeiçoou lentes e refletores gigantescos, com os quais pretendia
garantir às grandes indústrias e mesmo aos pequenos negociantes, o recurso
de uma Publicidade Absoluta.

Após o entardecer, uma animação inusitada, "que só os interesses
financeiros são capazes de proporcionar", tomaria conta dos espaços
celestes. Potentes projetores lançariam, a partir de colinas, anúncios de
echarpes rumo ao fundo do céu noturno, em algum espaço entre Sirius e
Aldebarã. Entre as patas da Grande Ursa leríamos propaganda de espartilhos.
A polícia projetaria nos céus fotos cem mil vezes ampliadas de criminosos,
os políticos teriam seus sorrisos expostos sob a estrela Beta da Lira.
Quase quatro décadas mais tarde, em 'A Sinfonia Pastoral', André Gide evoca
o mistério das noites. Nesta sofrida novela, um velho pastor anglicano,
apaixonado por uma menina cega, pergunta-se: "Est-ce pour nous, Seigneur,
qui vous avez fait la nuit si profunde et si belle?".

Estas preocupações com o céu e com a noite soam estranhas a nós, homens
deste início de milênio. Gide e L'Isle Adam viviam em épocas onde o céu
noturno ainda era visível. Urbanos e computadorizados, nossa idéia da
verdadeira noite estará guardada nalgum escaninho de nossa infância. Se
tivemos a graça, é claro, de termos sido crianças longe de eletricidade.

Já entrei em minha segunda metade de século e a lembrança de uma noite
absoluta, daquelas em que quase se pode ver à luz das estrelas, está
enterrada há quase quatro décadas, nas coxilhas de Ponche Verde e
Upamaruty. Bicho do campo, já me orientei pelas Três Marias e pelo Cruzeiro
do Sul. Optei pela vida urbana e hoje luar e céu estrelado me parecem
pertencer ao reino dos contos de fadas. Em outros nortes, vi outras noites,
mais brancas que as de minha infância. Nos verões suecos, um sol paranóico
faz que vai descer no horizonte mas não desce. Mas não é a noite de que
falava Gide, bela e profunda. É mais uma noite invadida pelo dia,
perturbada por um sol que teima em girar paralelo ao horizonte.

Noite mesmo, nas últimas décadas, devo ter visto em duas ocasiões. Uma, em
pleno Saara, charlando com tuaregues em torno a uma fogueira e envolvido
por um silêncio que chegava a ferir os ouvidos. Noite legítima, sem
falsificação alguma. Mas lá não encontrei o Cruzeiro. Seria pedir demais a
Alá. Mais recentemente, voltando tarde de São Carlos para São Paulo, no
meio da estrada recebi a noite em plena cara. Para minha surpresa, a noite
ainda existia. Mas era uma noite em pedaços, esmaecida a cada vez que me
aproximava dos aglomerados urbanos. Minhas noites, decidamente, ficaram
perdidas nos pagos do Sul, em algum trecho da pampa, entre Livramento e Dom
Pedrito. Não me queixo de ter escolhido a cidade. O dilema não é novo. Já
na antiga Grécia, Sócrates dizia gostar da vida de campo. Mas logo
rejeitava a hipótese: os amigos estavam em Atenas.

A boa e velha noite, que embalou durante milênios o sono da vida no
planetinha, está virando luxo de privilegiados. Se quisermos nos deixar
envolver pela sua magia ancestral, precisamos viajar, e cada vez mais
longe. Não seria de duvidar que, algum dia, agências de turismo ofereçam
excursões rumo à noite profunda. Mas por mais que a lepra urbana avance, em
algum lugar da Terra certamente estará preservada, como um museu natural,
hirta e congelada, a noite total. Protegida pelas neves, permanecerá para
sempre a salvo da eletricidade.

(Cristaldo)
Não sabe Priscila?
Vou explicar num post bem longo.
O Raio Verde popularizado pelo romance de Júlio Verne com o mesmo nome,
não é fácil de observar.
É um raro fenômeno meteorológico que se dá ao nascer ou ao pôr-do-sol, em
condições especiais de tempo. É mais frequente no mar e só pode ser observado
se o horizonte estiver absolutamente visível, isto é sem qualquer neblina. Com
determinados valores de temperatura e humidade relativa há boas probabilidades
de se dar.
Quando o sol, lua, ou mesmo um planeta está próximo do horizonte, na altura
desaparecer (ou aparecer), os raios luminosos apresentam-se de tal maneira que
no ocaso os raios vermelhos, alaranjados e amarelos desaparecem antes do verde,
azul e violeta. É num momento fugaz, numa pequena fracção de tempo, quando o limbo
superior toca no horizonte, que se dá o raio verde. Por causa da menor sensibilidade
dos olhos às cores azul e violeta e também da sua menor intensidade a impressão
dominante é a cor verde.
Admite-se que este fenómeno se deva à refracção astronómica e à disperção prismática
do espectro luminoso. A maior parte das observações parece confirmar a teoria que atribui
a este fenómeno a uma forte refracção, uma vez que a sua ocorrência se verifica quando o
poder de refrangência da atmosfera é anormalmente elevado à superfície do Globo.

O navegador solitário brasileiro Amir Klink, relata no seu livro "PARATII entre dois Pólos"
este fenômeno. Um acontecimento único e muito particular para qualquer navegador:

...
Desde criança eu sempre carreguei um desejo meio difícil de realizar, sobretudo no
Brasil que tem a costa voltada para o nascente. Sempre que era possível, eu perseguia
o pôr-do-sol no mar. Atento, até a bola de luz amarelo avermelhada ir se fundindo no
horizonte, à procura de fenômeno muito raro, que quase todos os povos navegadores
do passado já mencionaram: o "green flash" ou "rayon vert". Um raio, ou explosão de
luz que acontece em condições muito especiais, no exato instante em que a última
lasca do sol desaparece no horizonte.
Com um rápido curativo na ponta do dedo, calcei com cuidado um tênis e corri para
o enorme arco que havia atrás do Paratii, onde ficava a antena do radar e um pequeno
posto que usava para observar o mar ou fazer astronomia encaixado no alto. Cumpria
o mesmo ritual de sempre, meio sem esperança de um dia ver qualquer coisa - "dezenove
horas, cinqüenta e cinco minutos e trinta segundos... quarenta segundos... cinqüenta... lá
se vai o sol... ade...". E escapou um grito de súbito: "Eu vi! Eu vi! Eu vi! Miserável, eu vi!"
Tanto tempo e, enfim, eu vi o raio verde. Uma fração de segundo que valeu toda a viagem.
...

terça-feira, março 20, 2001

Ficou para amanhã o relatório do Encontro Carioca de Blogueiros. Porque junto com
o mesmo, eu tenho que adicionar mais uma porrada de links no meu Condomínio.
estou pensando inclusive em chamar minha lista de leitura diária de Telhado: os
blog's que fazem minha cabeça.
Hoje é um dia especial. Mais três blog's entram no meu Condomínio:

Charles? Que Charles? => Cheguei lá por causa de um post e acabei lendo todo o
resto. O cara fala de tudo sem pudores, e ontem de manhã na Blogueiros rebater à
altura todos os argumentos de Nemo Nox contra o mp3.

feira moderna.net / blog => Carinha simpático. Foi a primeira impressão. O cara
comenta sobre tudo com propiedade total sobre o que fala. Bateu uma inveja quando
abri as fotos da Pentax. O cara conseguiu fotografar o famoso raio verde. Um dia
vai ser a minha vez.

Zamorim => Acho que não preciso falar muito. Descobri a seção de textos dele
e li um bocado. O texto e o post dele sobre os anti-netscape é do caralho!!!

segunda-feira, março 19, 2001

Charles Pilger:
Não se preocupe, aqui vc terá sempre um aliado disposto a defender não o Netscape,
mas sim a correta visualização de qualquer página, em qualquer plataforma.
Grande abraço...
Hoje foi dia de discussões acirradas na lista. Boa forma de se começar uma segunda-feira.
Acho que tava todo mundo de mau-humor, que me contagiou também. O tráfego de
mensagens diminuiu por hora. O que mais me irritou é a falta de discernimento do pessoal
que anda postando no Blogueiros. O pessoal ignora solenemente as regras a faz uma
banguça... Além disso na lista tem daquelas pessoas que por preguiça não sabem como
fazer uma página ser visualizada corretamente no Netscape e no IE. Tem uma amiga minha
de Brasília, fera em tudo o que se refere à html, que diz que esse povinho que não sabe
fazer com que um site trabalhe com as duas plataformas sem problemas, são aqueles que
pegaram um Frontpage ou Dreamwave da vida, aprenderam como fazer uma página nas
coxas e saem por aí dizendo que são webdesigners. Aí ficam por aí dizendo que Netscape
é uma merda, que isso que aquilo. Tá faltando humildade nas pessoas. Humildade pra dizer:
"não sei". Porque não dizer "Olha, não fazer isso funcionar no netscape, alquém me ajuda?"
Mas não! Eu sou foda, então se alquém vem e me diz: olha, sua página não funciona no
Netscape, eu vou lá e coloco um onload="checkBrowser" redirecionando que tem netscape
pra uma página que diz pra ele fechar essa merda. Muito bom! A pessoa que fez essa
página é tão boa no que faz, que essa página onde os usuários de Netscape vão parar só
pode ser visualizada no IE!!! Os usuários do Netscape fica com uma mística página em
branco a sua frente. sinceramente, vai estudar um pouquinho, vai minha filha.
Dia de atualizar o log. Perdi muito tempo hoje com a lista, e mais trabalho e ainda
Jogo #13. Tenho diversos assuntos a tratar, começando pelo encontro. Mas também
tem muita bronca pra destilar. Então vamos por partes.

quinta-feira, março 15, 2001

Bom, e a nossa querida lista Bloguiros vai de vento em popa. Falta um layout, mas
já que não posso mais ficar reclamando por lá, vai ser por aqui mesmo...
Se não fosse o pouco tempo que tenho tido nesses últimos dias, até me aventurava em fazer algo.
Mas vou deixar pra depois.
Sabe, não é exagero da minha parte não. Eu tenho uma placa-mãe que custa 620 reais.
Com esse dinheiro eu compro 3! placas-mães tudo on-board pro mesmo processador.
Pensem comigo: se uma boa placa-mãe sem nada on-board custa três vezes mais que
uma que já vem com vídeo, som, fax-modem e controladora de rede, qual é o segredo
dessa tudo on-board pra ser tão barata? Não é preciso ser nenhum gênio pra descobrir
que a segunda placa usa componentes de qualidade inferior. Já olhou uma placa-mãe
bem de perto? Já notou a quantidade absurda de componentes que ela possuem?
Pois é, todos esses componentes possuem diferentes fabricantes, diferentes controles
de qualidade, diferentes materiais, nenhum ou um rigoroso 'stress test' pra certificar a
qualidade. Isso é o que faz a diferença entre uma placa boa e uma ruim. Uma placa boa,
tem um indíce de falhas enormemente menor que o da placa ruim. Agora, e pra explicar
essa ladainha toda pra uma moça que tão somente quer checar seu email pra ver se o
namorado lhe escreveu?
:-(
Aliás, a coisa anda crítica. Todo pc que eu eu pego ultimamente, das duas uma:
ou ele é velho, começa a sofre o desgaste e tal, ou é um desse "potentíssimos"
Tudo On-Board. Antigamente era mais difícil enganar que usava pc. Já hoje em
dia. Há! Coitados... O pessoal se deixa levar pelo clock do processador, pela
quantidade de RAM, e esquece o resto. Aí começa a dar pau, o comprador nunca
consegue um suporte adequado, já que as revendas não cobrem falhas de software
(que acontecem devido ao hardware, mas quem é o comprador pra argumentar com
os técnicos deles?), e acabam recorrendo à minha pessoa. Aí quando eu explico a
razão dos problemas o pessoal fica achando que sou eu que estou querendo enrolar
eles. Ô vidinha de cão!
É foda! Depois de lutar o dia inteiro pra colocar um computado que rodava o Win Me
operacional tive que dar o braço a torcer e desistir. Nem formatação e reinstalação
deu certo. Tasquei o Win2K e pronto! Estabilidade absoluta! Nada como chegar em
águas calmas. Tudo funcionando bem e sem estorvos. Vá a M*%$# Win Me!
Da próxima vez que surgir algum pc dando pau, e com o Me instalado, não tenho
dúvidas: Format C: nele.

quarta-feira, março 14, 2001

Aproveitando a onda de um link leva a outro, li no site do Mario AV um comentário
sobre um texto anti-funk no site do tecnoCOP. Fui lá conferir e é realmente do caralho!
Morte ao funk e bondes do Tigrão afins.